Duas grandes personalidades da cena artística portuguesa
do século XX, Fernando de Azevedo e José-Augusto França, (re)apresentam-se ao
público a pretexto do lançamento de um livro de ensaio e crítica.
O artista surrealista Fernando de Azevedo (V. N. Gaia,
1923-Lisboa, 2002) estreou-se em exposições em 1943, na companhia de Vespeira e
Júlio Pomar mas o seu nome ficou para sempre ligado ao movimento surrealista
português, sendo cofundador do Grupo Surrealista de Lisboa (1947). O Grupo
desfez-se em 1949 mas Azevedo continuou a expor as suas obras de inspiração
surrealista e depois abstracionista, conciliando a atividade de artista com a
de crítico, consultor artístico e gestor cultural – na direção do Serviço de
Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian, na presidência da Secção
Portuguesa da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) e como
presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes, de 1979 até à sua morte, em
2002.
É sobretudo esta faceta de crítico que se pretende
destacar com este volume de “ensaio e crítica”, apresentado por um autor de
referência no estudo das artes nacionais, José-Augusto França (n. Tomar, 1922),
também ele ligado ao Grupo Surrealista de Lisboa, à Sociedade Nacional de Belas
Artes e à FCG.
Em 2004, foi inaugurado em Tomar o Núcleo de Arte
Contemporânea José-Augusto França, que inclui um importante conjunto de obras
do surrealismo português.
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