segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Umbelina Barros, "A persistência do existir"



O título da mais recente exposição de Umbelina Barros, “Humanidade”, sublinha as preocupações humanistas da artista e chama a atenção para a sua obra menos mediática, após as polémicas geradas pela escultura cerâmica “Garrafa das Caldas”. Os temas abordados nas pequenas grandes obras da série intitulada “100 deformações” ou nas obras totémicas, são bem mais polémicos que a representação e exposição provocatória da referida escultura mas também despertam a necessidade e mesmo o dever de refletirmos sobre a ordem simbólica que estrutura a Humanidade.

Umbelina Barros nasceu em 1974. 
Em 2008 conclui a licenciatura em Artes Plásticas e Novos Média, na Escola Superior de Artes e Design – Instituto Politécnico de Leiria, ESAD nas Caldas da Rainha.
Em 2010 realiza Mestrado em Artes Plásticas, pelo mesmo Instituto, sendo a obra “A garrafa, os percebes e a imagem”, o culminar de um processo de pesquisa teórico, prático e histórico.
Presentemente está a frequentar o Doutoramento em Ensino Artístico, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em parceria com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da universidade do Porto.
Desde 1998 que possui oficina própria, nas Caldas da Rainha, tendo participado em inúmeras exposições individuais e coletivas.

Poortugal exporta mais arte e antiguidades


São João Batista, padroeiro dos antiquários

As exportações de obras de arte e antiguidades aumentaram significativamente no primeiro semestre de 2012. A notícia tem sido veiculada por diversos órgãos de comunicação social e considerada muito positiva, até como exemplo de (um certo) empreendorismo. E na verdade, em tempos de crise económica (provocada por uma crise financeira, será bom não esquecer), esta notícia é positiva para o setor do comércio artístico e de antiguidades, que emprega e dá trabalho a milhares de profissionais das mais diversas áreas em Portugal – cada vez mais Poortugal, como bem observaram os ingleses (Poor=pobre), um trocadilho talvez inspirado no Allgarve (All=tudo) do famoso ministro Manuel Pinho. O problema não está no sucesso comercial, desejável e até saudável para o setor, mas sim na dispersão internacional dos nossos bens culturais, que faria sentido serem adquiridos por particulares e instituições portuguesas, enriquecendo espólios e coleções nacionais. Pelos vistos, estão a cair em mãos estrangeiras unicamente devido à crise. Acresce dizer que se trata principalmente de arte sacra, incluindo pintura religiosa, que devia estar a bom recato nos locais para onde foi encomendada e colocada, muitas vezes com pompa e grande cerimónia, pelos nossos "egrégios avós". Os profissionais do setor argumentam que os estrangeiros, principalmente alemães, angolanos e brasileiros, apreciam cada vez mais os valores histórico-artísticos, adiantando também que o aumento de exportações não é real mas puramente estatístico, pois verifica-se agora um maior controlo burocrático destas exportações. Ou seja, este “boom” comercial tem pouco a ver com uma nova abordagem do mercado internacional por parte dos profissionais do setor e, naturalmente, com uma grande agressividade concorrencial em matéria de preços. Pelo menos oficialmente, ninguém em Poortugal consegue ter planos B desesperados para a crise a não ser o governo. 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Desenha'12 promove e divulga o Desenho português



Decorre até 15 de dezembro a 1ª edição da Trienal Movimento Desenho 2012, uma plataforma nacional de Desenho envolvendo dezenas de parceiros em diversas localidades, que visa divulgar o Desenho português e criar uma rede nacional de autores, associações, centros culturais, escolas, faculdades, fundações, galerias e instituições privadas e públicas num Movimento nacional pelo Desenho.
A ideia inicial deve-se a Ana Neves Guerreiro, artista plástica ligada à fundação da Art Assets, à qual se juntou Inês Bettencourt da Câmara (Mapa das Ideias), Cláudia Almeida, Patrícia Remelgado e Sofia Borges. São elas por assim dizer o núcleo difusor do Movimento de âmbito nacional.
A Trienal Desenha’12 não tem um tema, não se centra num único local. As referidas cinco comissárias articulam as iniciativas propostas por cerca de 130 parceiros independentes, entre os quais se contam instituições e associações culturais e artísticas, estabelecimentos de ensino superior artístico, galerias, câmaras municipais, grupos de teatro e bibliotecas municipais. Sem contar com as adesões espontâneas. Em Viseu, por exemplo, os alunos do 12º ano (Curso de Artes Visuais) da professora Joana Braguez fizeram desenhos rápidos de sorrisos para oferecerem às pessoas nas ruas. A lista completa dos parceiros (por ordem alfabética) e a respetiva programação (Agenda) pode ser consultada no site oficial ou na página de Facebook.

VER o vídeo promocional (“Em tudo há desenho”), produzido e realizado pela Trix.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MUSEU DE ARTE DO RIO (MAR)



Está prevista para novembro a inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), a primeira grande estrutura cultural prevista para a renovação da zona do porto, no Rio de Janeiro. O projeto inclui mais dois museus (Museu do Amanhã, Museu da Imagem e do Som) e o arranjo urbanístico da zona portuária, que conta já com o Centro Cultural José Bonifácio, instalado desde 1994 num edifício histórico (construído no tempo de D. Pedro II) e sede do Centro de Referência da Cultura Afro-brasileira, uma instituição única na América Latina.

O novo museu fica instalado num edifício estilo neoclássico construído em 1916, também conhecido como Palacete Mauá, cujo interior foi modificado para dar lugar a oito grandes salões destinados a exposição de obras de arte. No edifício vizinho, onde existiu um hospital da polícia, funcionará a Escola do Olhar, os serviços educativos do MAR, considerados muito importantes para o projeto Porto Maravilha Cultural. Ambos os edifícios serão cobertos por uma estrutura ondulada, em betão armado, imitando as ondas do mar. O projeto da obra é da responsabilidade da antiga e famosa sociedade de arquitetos brasileiros Bernardes & Jacobsen, hoje gerida por Thiago Bernardes e Paulo Jacobsen, netos dos fundadores.

O acervo do MAR é composto por obras de arte, fotografias e documentos históricos adquiridos pela prefeitura e provenientes de doações. Os dois primeiros andares do edifício vão acolher exposições temporárias, a inaugurar em janeiro de 2013, contando com a colaboração de colecionadores como Jean Boghici, João Sattamini, Gilberto Chateaubriand ou Sérgio Fadel. As mais importantes coleções de arte do Brasil estão no Rio de Janeiro e a maior parte dos artistas brasileiros residem e trabalham na antiga capital. Para além da exposição temática “Rio de Imagens – uma paisagem em construção”, haverá exposições destinadas a mostrar parte da coleção de Jean Boghici (“O Colecionador”) e de Sérgio Fadel (“Vontade Construtiva”).

A exposição temporária “O Colecionador” apresentará obras de arte brasileira e internacional pertencentes à Coleção Boghici. O colecionador e comerciante de arte Jean Boghici perdeu várias obras da sua vasta coleção num incêndio no seu apartamento, ocorrido em agosto, entre as quais a obra-prima de Di Cavalcanti, “Samba” (1925), considerada um marco da arte brasileira. Boghici nasceu na Roménia em 1928, tendo chegado ao Brasil em 1949, e tornou-se um dos mais importantes colecionadores de arte brasileiros, pela importância das obras que começou a reunir na década de 1960 e por ter influenciado outros colecionadores e a carreira de inúmeros artistas – tal como em Portugal tivemos o galerista Manuel de Brito (1928-2005), personalidade relevante na cultura portuguesa desde os anos 60 e que era, curiosamente, natural do Rio de Janeiro. 


Di Cavalcanti, "Samba", 1925, óleo s/tela

Criada com verbas da prefeitura, Organizações Globo e Vale, a nova instituição é gerida pela Fundação Roberto Marinho e tem uma meta estipulada pela prefeitura de 200 mil visitantes por ano. Este objetivo não será difícil de atingir graças aos milhões de turistas oriundos de todo o mundo que procuram anualmente o Rio de Janeiro, o destino turístico mais procurado na América Latina.

Site do MAR - Museu de Arte do Rio

sábado, 13 de outubro de 2012

Instalação polémica de Umbelina Barros em Cascais


Há precisamente um ano, a obra “Garrafa das Caldas”, da ceramista caldense Umbelina Barros, foi retirada da 10ª Bienal Internacional de Cerâmica Artística de Aveiro após veementes protestos dos trabalhadores e clientes do Mercado do Peixe José Estêvão, à entrada do qual havia sido colocada. A direção da Bienal ainda procurou um local alternativo para a polémica obra, um falo gigantesco (2,47 metros) de grés vidrado, mas previu igual ou maior contestação e a peça foi desmontada. Na altura, registei e comentei o caso neste blogue, no seguimento de alguns episódios censórios que coligi anteriormente.

No passado dia 3 de outubro, a “Garrafa das Caldas” foi instalada na Casa da Guia, em Cascais, antecedendo uma importante exposição individual da artista, com inauguração marcada para 20 de outubro, e tem sido, ao que me dizem, alvo de críticas e protestos.

Gostar ou não gostar, depende naturalmente do gosto de cada um, que pode ser educado de muitas maneiras, ou simplesmente não ser educado, mas que evolui com desafios deste tipo,   confrontação de sensibilidades, obras de arte que devem ser apreciadas com espírito aberto, afastando preconceitos (pré-conceitos) que possam toldar ou condicionar essa apreciação. Ocorre-me, a propósito, uma frase de João Lobo Antunes: “Embora a definição (de belo) continue a iludir-nos, o conceito de beleza é ainda o valor estético mais seguro” (1). No entanto, convirá não esquecer que as obras polémicas têm motivações e intuitos diversos, que devem ser sempre esclarecidos. Em Portugal, causou alguma polémica a estátua a Alves Redol em Vila Franca de Xira, da autoria de Lagoa Henriques, mas obras polémicas como o monumento ao assassino Fritz Haarmann em Hanover (2) ou o projeto de Gregor Schneider sobre a morte pública de um doente terminal (3) necessitam de ser bem explicadas e desdramatizadas, embora o seu objetivo principal seja esse: provocar reações visando a discussão de ideias e de costumes, a compreensão e consequente destruição de mitos e fantasmas indesejáveis em sociedades evoluídas. Claro que o artista possui atualmente meios muito diversos para se explicar e promover a sua obra, tal como o público possui novos e práticos meios para o questionar, procurar mais informação, mostrar responsavelmente o seu agrado ou desagrado. Porém, o diálogo construtivo é fundamental para o entendimento da obra de arte - e afinal do nosso mundo, repleto de obras e realizações humanas cujo conhecimento e entendimento fariam, de todos nós, melhores seres humanos. 

"A Garrafa, os Percebes e a Imagem", instalação de Umbelina Barros, grés vidrado. Foto: Eurostand

A propósito das críticas e até pressões para que seja retirada a instalação de Umbelina Barros da Casa da Guia, em Cascais, a organização da mostra (Eurostand) solicitou-me um comentário sobre o assunto e enviei o seguinte:

Considero fundamental que a instalação “A Garrafa, os Percebes e a Imagem” continue em exposição, desde logo por defender a liberdade de criação e expressão, mas sobretudo para agitar as mentalidades conformadas e apáticas despertando a discussão sobre o sentido do Belo e a função da Arte na sociedade contemporânea.
Parece-me também importante destacar alguns aspetos que distinguem a apresentação na Casa da Guia desta instalação artística, do que aconteceu na bienal de cerâmica de Aveiro: a precipitada e agressiva intrusão de um elemento fálico no espaço quotidiano de pessoas que o entenderam como ordinário e ultrajante. Em Aveiro, a instalação foi desmembrada, certamente com a aprovação da artista: a “garrafa” foi montada na entrada do Mercado do Peixe, os “Percebes” ficaram no Museu de Aveiro e a “Imagem”, então uma só foto, nem se viu.
O que se mostra na Casa da Guia não é uma obscenidade, um insulto popular, um desrespeito pela instituição e pelos seus visitantes. É um exercício de liberdade de criação, expressão e exposição, uma séria provocação intelectual apresentada num meio cultural que reconhece e valoriza o Nu como Arte, seja na pintura, na escultura ou na fotografia, um meio evoluído incapaz de confundir o célebre (polémico e também frequentemente censurado) quadro de Gustave Courbet, “A Origem do Mundo”, com mera pornografia. E o mesmo se pode dizer de obras de artistas contemporâneos como Lucian Freud, que trabalhou intensamente o nu na pintura, Helmut Newton na fotografia, Ron Mueck na escultura ou Milo Manara na BD (4). O tema do Nu atravessa toda a história da Arte, desde a pré-história à atualidade, constituindo mesmo um género artístico académico. O problema surge quando os dirigentes (políticos, religiosos,...) ou grupos sociais representativos, se acham no direito de limitar ou oprimir os direitos dos restantes, que raramente são a minoria, especialmente numa matéria tão sensível como é a sexualidade, e muito mais quando esta se exprime através da sensualidade e do erotismo.
É possível identificar diversos momentos em que a censura limitou de modo organizado a expressão artística ou mutilou obras de arte (como aconteceu no séc. XVIII, com as célebres parras acrescentadas a pinturas e esculturas), mas já foi pior e em países ocidentais agora conhecidos pelas suas leis e costumes liberais. Em Portugal, têm ressurgido algumas censurazitas moralistas, de sentido difuso, compreensíveis em contexto democrático, uma espécie de jogo de forças de prós e contras. A expressão da nudez e da sexualidade continua no entanto a ser uma questão sensível, a merecer reflexão e os mais diversos estudos especializados. Certo é que a tolerância não deve ser imposta nem a liberdade castigada.

Notas:

(1) - “As Faces de Arcimboldo”, in “Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios”, Gradiva, 2002).

(2) - Fritz Haarmann, um dos piores assassinos da história criminal da Alemanha, foi condenado à morte e executado em 1925. No final dos anos 80, o município de Hanover encomendou ao escultor e artista gráfico austríaco Alfred Hrdlicka  (1928-2009), um monumento (ver imagem ao fundo) para evocar o seu mau exemplo e lembrar que a maldade e a desumanidade surgem onde menos se espera, no caso a cidade onde o assassino residiu. Nada de mais, se nos recordarmos das razões apontadas para a exposição pública em Paris da escultura de 5 metros “Coup de Tête” (“A Cabeçada”) da autoria do escultor argelino Adel Abdessemed, que representa o fim da carreira futebolística de Zidane (França-Itália, final do Mundial de 2006). O autor da estátua de Hanover também era conhecido pelas suas obras polémicas, algumas das quais foram censuradas, mas após um esclarecimento da então ministra da Cultura da Alemanha os cidadãos reconheceram que a obra de Hrdlicka poderia ser uma mais-valia para a cidade, que não deveria negar o seu passado histórico.

(3) - O alemão Gregor Schneider (n. 1969), que já expôs em Serralves em 2005, apresentou em 2008 o projeto de uma instalação que mereceu condenação internacional unânime. Conhecido pelas suas instalações sobre a morte, que lembram cenas de crimes, o artista pretendia expor o momento da morte de um doente terminal, não através de fotos nem de vídeo, mas com o próprio doente a morrer numa galeria de arte aberta ao público. Para tal, procurava pessoas com doenças terminais “dispostas a morrer em público em nome da arte”, voluntários para a complexa experiência de fazer coincidir o momento da morte com a obra de arte com o objetivo de “captar a beleza da morte” (DN 27/04/2008). O projeto de Schneider não foi adiante pois visava expor as reações do próprio público e remexia em velhos tabus - que servem para tapar pudicamente muitas feridas sociais mal curadas ou já incuráveis.

(4) - Faltou acrescentar Ron Mueck (genro de Paula Rego) na escultura ou Milo Manara na BD. Também ficou por referir que a arte erótica é principalmente realista mas que a representação simbólica da sexualidade faz parte de todas as culturas do mundo. 

Alfred Hrdlicka, Monumento ao Assassino, Hanover

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Adelino Cunha, "Do Restauro à Escultura"


Galeria Pátio-Velho, em Vale de Ferro, Ervedal da Beira, mostra até 18 de novembro um conjunto de obras do artista senense Adelino Cunha.

Intitulada “Do Restauro à Escultura”, a exposição reúne diversos trabalhos que o artista realizou nos últimos anos. Colocando distintos materiais em diálogo, madeira, pedra e metal, “combinando reciclagem, artesanato fino e imaginação artística”, Adelino Cunha transforma objetos simples e sem uso em esculturas e objetos de arte. Os velhos objetos ganham nova vida e alertam-nos para realidades insuspeitadas. Formas curiosas encontradas na natureza, pedras, raízes ou galhos, que despertaram a imaginação do artista, ganham pedestal para representar perplexidades e anseios, partilhar diferentes entendimentos do mundo ao nosso redor.

Na abertura da exposição, no dia 5 de outubro, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Seia, coube a Antenor Santos apresentar o artista e principalmente o Homem, que conhece desde a juventude, quando o recebeu para trabalhar à experiência na sua fábrica de curtumes em Vila Verde.

Adelino Cunha nasceu em Couta, Viseu, em 1959. Reside em Seia. Bacharel em engenharia de máquinas, é autodidata na escultura. Expôs no Salão de Artes Plásticas da Artis X, em 2011, e realiza na Galeria Pátio-Velho a sua primeira exposição individual.


Vista parcial da galeria. À esquerda, Adelino Cunha, Herman Mertens e a artista convidade, Catarina Carreira (foto: José Santos)

Antenor Santos apresentando Adelino Cunha (foto: José Santos)

Magda Vervloet, Adelino Cunha e Carlos Filipe Camelo, Presidente da Câmara Municipal de Seia

Adelino Cunha, Carlos Filipe Camelo, Herman Mertens e Sérgio Reis (foto: José Santos)

Antenor Santos e Sérgio Reis (foto: José Santos)

Algumas obras de Adelino Cunha





Pintura de Catarina Carreira, artista convidada (foto: José Santos)

Convívio no Pátio-Velho (foto: José Santos)

LER NOTÍCIA no jornal Porta da Estrela online.

domingo, 7 de outubro de 2012

Inauguração da exposição "A Máquina de Sonhar"

Vista parcial do salão

Vista parcial das galerias

Vista parcial das galerias

A abertura

Algumas palavras de circunstância... 

Carlos Filipe Camelo (Presidente da Câmara de Seia), Mário Jorge Branquinho (programador da Casa da Cultura e Diretor do CineEco), Cristina Sousa (vice-Presidente e vereadora do pelouro da Cultura)




 A atriz Ana Brito e Cunha, em Seia para o CineEco (foto: José Santos)

Um jovem colega das Artes (foto: José Santos)

Fotos 5 a 11: José Santos

Rita Melo


Bug, 2011, técnica mista

Depois de ter mostrado as suas “Pinturas (Ultra) Passadas” na Galeria Serpente (novembro de 2011), Rita Melo levou-as até à Fábrica Braço de Prata, onde podem ser vistas até 28 de outubro..

A pintura de Rita Melo revisita as tendências “neo” do realismo que marcou a pintura das duas últimas décadas do século anterior (e por isso as suas obras despertam a sensação de um certo “déjà vu”) verificando com ironia a transmutação de valores num mundo cada vez mais global, cada vez mais igual – no pior sentido. 

Rita Melo nasceu no Porto em 1982. Licenciada pela Escola Universitária de Artes de Coimbra, pós graduou-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e tem o mestrado em Artes Visuais pela Universidade de Évora.

Expõe desde 1999, em galerias e bienais de arte contemporânea, entre as quais a Feira Internacional de Arte Contemporânea de Lisboa e a Bienal de Vila Nova de Cerveira.

Fábrica Braço de Prata, Lisboa - 4ª e 5ª (das 20 às 02H00), 6ª e sábado (das 20 às 04H00)