domingo, 22 de maio de 2011

Prémio Abel Manta de Pintura 2011 em imagens

Prémio Abel Manta de Pintura - Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, 21 de Maio a 25 de Junho 2011


A exposição reune as 95 obras (de 67 artistas) concorrentes ao Prémio Abel Manta de Pintura. Desde a 1ª edição do Prémio, em 2007, são também atribuídos o 2º e 3º Prémios.


Filipe de Matos, "Edificações (monoblocos) #4, acrílico, esmalte e verniz s/linho - 1º Prémio

Obras de Filipe Matos, Gil Maia (2º Prémio) e Sérgio Reis ("O Segredo de Lázaro", acrílico s/tela)

Obras de Gil Maia ("Constructiones in Palatio XXIX", acrílico s/tela) e de Sérgio Reis

Obras de Francisco Barbosa (n. Porto, 1988) e de Lara Roseiro (n. Coimbra, 1980)

Rita Cantante, "Over Wonderland", acrílico e colagem s/tela

Obras de Nuno Raminhos (n. V.N. Gaia, 1971), Helena Leão (n. Porto, 1949) e Paula Aniceto (n. Santa Maria da Feira, 1975)

Obras de Helena Leão, Paula Aniceto, Hugo Pinho (n. Ovar, 1986) e Ângela Belindro (n. Lisboa, 1976)

Obras de Joana Gomes (n. Lisboa, 1986), Ricardo (n. Seia, 1982) e Daniel Cardoso (n. V.N. Gaia, 1973)

Vista parcial da exposição

Vista parcial da exposição

Vista parcial da exposição

terça-feira, 17 de maio de 2011

Exposição de Henrique do Vale em Braga

Exposição de Henrique do Vale em Paredes de Coura - Inauguração a 27 de Maio



Exposição de Henrique do Vale em Braga, na Galeria Ikon




“Shipping Minds / Pensamentos Viajantes” na Galeria Ícone, em Coimbra

“Contrariamente à televisão, cuja acção do espectador é passiva, o utilizador da Internet age por vontade própria, construindo mentalmente um caminho, uma viagem pelo mundo virtual. Desta viagem, desprendem-se nos cantos da sua memória, imagens soltas, sons, palavras, pequenas frases, como que pequenos postais esquecidos no fundo de uma gaveta e à espera de serem redescobertos.

São as memórias destas viagens virtuais esquecidas que o Festival Fonlad pretende recuperar da memória dos artistas, desafiando-os a apresentar projectos artísticos baseados nestas experiências. Pensamentos galopantes em virtualidades inconstantes.”

www.fonlad.net
Conflito Estético (video)
www.conflitoestetico.com

Iliana Menaia, Menção Honrosa (Escultura) na ARTIS X

No "Salão de Artes Plásticas em imagens", publicado neste blogue a 10 de Maio, faltou referir através da imagem a Menção Honrosa de Iliana Menaia (n. Ponte de Sor, 1975) e respectivas obras.


Iliana Menaia, "Metamorfose V", ferro soldado

domingo, 15 de maio de 2011

Prémio Abel Manta de Pintura 2011

O Prémio Abel Manta de Pintura foi criado em 2007, assinalando 25 anos passados sobre o falecimento do pintor nascido em Gouveia em 1888. O Prémio foi anunciado como único mas o sucesso da iniciativa, com o próprio Presidente da República, de visita ao concelho, a presidir à entrega dos prémios, e as comemorações do 120º aniversário do nascimento de Abel Manta, levaram à sua reedição em 2008.


Em 2009, o Prémio Abel Manta de Pintura passou a bienal, realizando-se, assim, em 2011, a 4ª edição. O vencedor do Prémio em 2009 foi José Fonte, de Penacova, que já tinha recebido o 2º Prémio em 2008 e o 3º em 2007. Gil Maia foi 2º em 2009 e 2º em 2011. Nesta última edição, 2011, Filipe de Matos foi distinguido com o 1º e 3º prémios. De referir que os prémios são atribuídos a obras apresentadas sob pseudónimo.


O júri mantém-se praticamente o mesmo desde 2007. Em 2011, foi composto por Isabel Manta (arquiteta, neta de Abel Manta), Mónica Seabra Nogueira (premiada em 2007, Menção Honrosa em 2008), substituindo Joana Manta Botelho (bisneta do pintor) e Eduardo Mota (ex-diretor do Museu Abel Manta e estudioso da sua obra) em representação do Município de Gouveia.


Premiados (2007-2011)


2007
1º Prémio: Daniel David (n. Porto, 1975). 2º Prémio: Mónica Seabra Nogueira (n. Viseu, 29 anos, reside no Porto). 3º Prémio: José Fonte (n. 1965, reside em Penacova). Menção Honrosa para Carolina Caixeiro.



2008
1º Prémio: Rui Tavares (Figueira da Foz). 2º Prémio: José Fonte (n. 1965, reside em Penacova). 3º Prémio: Márcio dos Santos Costa (Coimbra). Menções Honrosas para Eduarda Ferreira (Porto), Filipa Gonçalves (Porto) e Mónica Nogueira (Viseu).



2009
1º Prémio: José Fonte (n. 1965, reside em Penacova). 2º Prémio: Gil Maia (Maia, 1974). 3º Prémio: Hugo dos Santos (Albufeira).


2011


1º Prémio: Filipe de Matos (n. 1987). 2º Prémio: Gil Maia (Maia, 1974). 3º Prémio: Filipe de Matos (n. 1987).




A Casa de Abel Manta - projecto de Eduardo Mota

sábado, 14 de maio de 2011

José Pessoa em Seia

José Pessoa esteve na Casa Municipal da Cultura na noite do dia 13 para uma conversa informal sobre fotografia com fotógrafos profissionais e amadores de Seia. Compareceram 15, um número importante considerando que a exposição de fotografia da ARTIS reune este ano obras de 19 fotógrafos.

Na sua intervenção inicial, José Pessoa fez uma breve resenha histórica da evolução tecnológica da fotografia e falou do seu trabalho de várias décadas a inventariar e documentar através da fotografia as obras de arte que fazem parte do Património português. Apresentou depois uma actividade que se encontra a desenvolver no Museu de Lamego, Música às Quintas (1), na qual concilia de modo muito pessoal a música com a imagem fotográfica. Foram apreciados dois trabalhos com base em obras de George Gershwin (2): “Rapsódia em Azul” (1924) e “Um Americano em Paris” (1928).

A conversa informal entrou ainda pelos caminhos e rumos das tecnologias de informação e comunicação, a propósito da fotografia digital. A reter, a preocupação com a falibilidade do suporte e dos formatos de gravação, com a validade a prazo dos sistemas informáticos e os custos astronómicos da correspondente compatibilização de dados.

Quem começou a trabalhar com PCs nos anos 80, como eu, com o sistema operativo MS-DOS, processamento de texto Wordstar e discos amovíveis flexíveis de 5 ¼, sabe que a realidade afinal excede a ficção e também já percebeu que esta revolução tecnológica ainda mal começou. Mas paira essa angústia, é um facto, das imagens e documentos produzidos ao longo de décadas, com insubstituível valor afetivo, poderem desaparecer sem rasto nem proveito para ninguém. José Pessoa acha que vão desaparecer, com a consequente perda da memória individual e colectiva.

Os trabalhos de José Pessoa, fotógrafo do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), são marcados pelo rigor científico, mobilizando método fotográficos, processos químicos e meios informáticos avançados, e também, como declarou em certa ocasião, pela “humildade perante a grandeza de qualquer acto criativo, das Tentações de Santo Antão ao mais simples artefacto, todos tratados com o mesmo respeito e atenção” (3). Para a sua mais conhecida exposição de fotografia, “Luzes de Pedra”, escolheu as pedras do Património que os portugueses tão mal conhecem. A mostra esteve patente em Lamego, Viseu e Castelo Branco, tendo ficado prometida uma exposição em Seia.

Entretanto, a obra fotográfica de José Pessoa pode ser vista AQUI, no MatrizPix – um sistema de informação concebido pelo IMC para o inventário, gestão e disponibilização online de arquivos fotográficos.

Notas:

(1)- Na primeira quinta-feira de cada mês, ao fim da tarde. A primeira edição teve lugar no passado dia 5 de Maio. Na Internet, podem ver-se trabalhos semelhantes, inclusive com música de Gershwin - como uma seleção de temas da ópera "Porgy and Bess" e fotografias de Cameron, Winogrand, Frank, Meyerowitz, Evans, Atget, Kertesz, DeCarava, Bresson, Brassai, Sander, Lange, Diane Arbus, entre outros: http://youtu.be/faiG6Ssvpyc
(2)- George Gershwin nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, a 26 de setembro de 1898, com o nome Jacob Gershowitz. Com o seu irmão Ira, tornou-se um compositor americano muito popular no início do século XX graças a diversos sucessos na Brodway, uma ópera folk e várias partituras de filmes. Faleceu prematuramente em Hollywood, com 38 anos, após uma cirurgia para retirar um tumor do cérebro. Nesse ano, também faleceu o seu ídolo musical, o compositor francês Maurice Ravel, por motivo idêntico. Site oficial dos irmãos Gershwin:
www.gershwin.com/
(3)– Diário de Notícias, 07/12/2004.

Uma imagem da exposição "Luzes de Pedra", em Lamego (Setembro 2009):

terça-feira, 10 de maio de 2011

Salão de Artes Plásticas em Imagens

Vista parcial

Vista parcial

Foyer do Auditório. Esculturas de Virgínia Pinto, Fernando Saraiva (Menção Honrosa - Escultura), Lucas Ressurreição, entre outras.


"Glas I) - Escultura de Anabela Paiva



"de coisa (res) sem título" - Escultura de Daniel Lopes







"Satélite" - Escultura de Virgínia Pinto




"Sem título" - Escultura de António Nogueira




"Máscaras rituais do Douro e Trás-os-Montes" - Pintura de Balbina Mendes




Pintura a óleo s/tela de Balbina Mendes. Da direita para a esquerda: "Máscara Sorriso Vermelho"; "Careto de Podence" e o "Chocalheiro da Bemposta".




"Tensão e Alma do Ferro", de Hugo Maciel - Prémio de Escultura




Pintura de Carlos Osório, AMIe, Mariana Moura. Instalação de Ricardo Sanches.




"ColdWaiting" - Ricardo Sanches




Obras de Migvel Tepes, José Mário Santos (Prémio de Pintura), Ricardo Cardoso e Rui Tavares (Menção Honrosa - Pintura) - Foto MJB




Obras de Bruno Soares, Pedro Ribeiro e Carina Alexandre.




"Uma Espécie de Amor I" - Bruno Soares




Obras de Pedro Ribeiro, Carina Alexandre e Adriana de Matos (Menção Honrosa - Pintura)




Pintura de Florentina Resende, Paula Aniceto (Menção Honrosa - Pintura) e José Rosinhas.




Obras de Paula Aniceto (Menção Honrosa - Pintura), José Rosinhas e Maia Caetano.







Pintura de Ana Garcia, Fernando Serrano e José Constantino.




Pintura de Carolina Chamusqueiro, Ana Garcia e Fernando Serrano.




Obras de Ângela Belindro, Susana Stoyanova, José Carlos Marques e Patrícia Franco.


Iliana Menaia foi distinguida com uma Menção Honrosa - Escultura. VER.


domingo, 8 de maio de 2011

Prémio de Escultura da ARTIS X para Hugo Maciel

O escultor Hugo Maciel agradece a atribuição do Prémio.

Menções Honrosas para Fernando Saraiva e Iliana Menaia


Hugo Maciel foi o vencedor do primeiro Prémio Internacional de Escultura do X Festival de Artes Plásticas de Seia, com a obra intitulada “Tensão e Alma do Ferro” O júri decidiu ainda atribuir Menções Honrosas a obras apresentadas a concurso por Fernando Saraiva (n. Porto) e Iliana Menaia (n. Ponte de Sôr, 1975).

A obra distinguida, composta por várias peças geométricas de ferro soldadas entre si, tem a particularidade de prever vários tipos de suspensão. A sequência de formas interligadas suscita o diálogo entre o exterior e o interior, o material e o imaterial, no sentido pleno do termo, de fogo e luz que imana do lugar mais interior e atópico do corpo, mas também o de iluminária suspensa, irradiando à sua volta luz e verdade.Entre os trabalhos recentes do jovem escultor Hugo Maciel contam-se diversas medalhas, algumas das quais premiadas: medalha comemorativa do Centenário da República – Município de Aljustrel (2010), medalha vencedora do concurso de medalhística integrado nos Prémios de Salúquia às Artes (2009), uma iniciativa transfronteiriça realizada anualmente em Moura, a medalha comemorativa do 15º Aniversário do MAC - Movimento de Arte Contemporânea (Prémio MAC Inovação, Lisboa, 2009). Foi ainda um dos finalistas no polémico concurso (1) para a medalha oficial das comemorações do Centenário da República – INCM (2009). Foi-lhe atribuído o Troféu Personalidades e Modalidades, GDUL – Reitoria da Universidade de Lisboa (2009 e 2010) e recebeu vários prémios no I, II e III Prémio Ibérico de Escultura (Serpa, 2008 a 2010).

Hugo Maciel reside em Sesimbra. Licenciado em Escultura pela FBAUL (2006-2009), frequenta o mestrado em Escultura Pública na mesma Faculdade (2009-2011). Iniciou a sua formação artística - Escultura e Pintura – no atelier particular de Dulce Nunes (2002-2004).
É membro do FIDEM – Fédération Internationale de la Médaille d’Art e do Volte Face – Medalha Contemporânea.

Participou em várias exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro: VI Bienal Internacional de Medalha Contemporânea, Seixal (2010); “Tensão e Equilíbrio – A Alma do Ferro”, Aljustrel (2010); FIDEM XXXI – Congresso Internacional da Medalha, Finlândia (2010); V Bienal Dorita Castel-Branco, Sintra (2009); “New Ideas in Medallic Sculpture” – Rack and Hammer Gallery, Nova Iorque; Reitoria da Universidade de Lisboa; The University of the Arts, Philadelphia (2008-2011).

Autor da escultura pública “Dois Apoios” (Sesimbra, 2011), Monumento ao Mineiro de Aljustrel (2010) e do relevo “Presépio” (Lisboa, 2009-2010).


Hugo Maciel - "Tensão e Alma do Ferro", ferro soldado

Prémio de Pintura da ARTIS X para José Mário Santos

A Vice-Presidente da Câmara, Engª Cristina Sousa, entregou o Prémio de Pintura a José Mário Santos

Menções Honrosas para Adriana de Matos, Paula Aniceto e Rui Tavares

José Mário Santos foi o vencedor do primeiro Prémio de Pintura do X Festival de Artes Plásticas de Seia, com a obra intitulada “Labirinto”. O júri decidiu ainda atribuir Menções Honrosas a obras apresentadas a concurso por Adriana de Matos (Azambuja), Paula Aniceto (Santa Maria da Feira), e Rui Tavares (n. Figueira da Foz, 1974, residente em Vila Real).

José Mário Fernandes dos Santos nasceu na Senhora da Hora, Matosinhos, em 1954. Reside na Maia.
Licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), actual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e leciona na Escola Superior de Artes e Design (ESAD) de Matosinhos.

Expôs individualmente em Kantarell – Malmö, Suécia em 1979. Após a licenciatura em Pintura, regressou às exposições individuais em 1991, na Galeria Labirintho (Porto), a que se seguiram exposições na Galeria Gonfilarte (Vila Praia de Âncora, 1993), Galeria Cavalete (Penafiel, 1996) , Galeria O.M. (Penafiel, 1997, 2001 e 2003), entre diversas exposições coletivas.

Exposições coletivas: Alunos da ESBAP – Galeria Labirintho (Porto, 1988, 1989 e 1990); “Diálogos Recentes” – Galeria Gonfilarte (Vila Praia de Âncora, 1992); “Memória Artística” – galeria da Câmara Municipal de Matosinhos (1993); Galeria Artesis (Vila Nova de Gaia, 1996, 1998, 2000, 2001, 2003 e 2004); Galeria Cavalete (Penafiel, 1996) e Galeria Espaço Branco (Viana do Castelo, 2000 e 2001).


José Mário Santos - "Labirinto", acrílico/mista

As Artes em Seia


No dia 3 de Maio, realizei uma pequena palestra na Escola Secundária de Seia, no âmbito da Semana das Artes / X Exposição de Arte da ESS, sobres as Artes em Seia e apresentação da ARTIS X.

Estiveram presentes os alunos do 11º e 12º anos do Curso de Artes Visuais, Coordenadora do Departamento de Expressões, Balbina Andrade, e as professoras de Artes Visuais, Beatriz Lopes e Maria João Santos.

Ao longo de 90 minutos, fez-se uma retrospectiva das artes em Seia, destacando os seus maiores artistas: Lucas Marrão (Seia, 1824-Lisboa, 1894), Tavares Correia (Seia, 1908-Coimbra, 2005) e Helena Abreu (Sameice, Seia, 1924). Foram ainda referidos: Ana Ferreira Fonseca (São Romão, 1896-1990), Luís Melo (Seia, 1921-1962), Avelino Cunhal (Seia, 1887-Lisboa, 1966), Júlio Vaz Saraiva (Seia, 1928), Xico Melo (Seia, 1935), Ana Carvalhal (Seia, 1962), António Nogueira (Seia, 1967), Carina Alexandre (Seia, 1984), Daniel Lopes (Seia, 1985), Lucas Ressurreição (Seia, 1981),Luiz Morgadinho (Coimbra, 1964), Renato Paz (Guarda, 1982), Ricardo Cardoso (Seia, 1982), Sérgio Reis (Lisboa, 1958), Tânia Antimonova (Vitebsk, Bielorrússia, 1968) e Virgínia Pinto (Sameice, Seia, 1976).

A ARTIS, agora Festival de Artes Plásticas de Seia, realizou-se pela primeira vez em 2002. Teve origem nas grandes exposições colectivas de artistas senenses (1999, 2000, 2001), uma iniciativa que se fundiu na ARTIS (Festa das Artes e das Ideias em Seia) e mobilizou até à data cerca de 200 expositores locais, naturais e/ou residentes no concelho de Seia, autores regulares ou ocasionais de objectos artísticos dos mais diversos géneros e modalidades artísticas, incluindo a fotografia. Este ano, realiza-se a XIII Mostra Colectiva de Artistas Senenses, reunindo 43 artistas e fotógrafos, com o mesmo espírito original: oferecer anualmente aos criativos senenses um espaço de mostra das suas obras, sem restrições técnicas ou estéticas (salvaguardando contudo critérios mínimos de qualidade e apresentação), que funcione um pouco como “montra” das artes no concelho.

A X Exposição de Artes da Escola Secundária decorreu de 2 a 6 de Maio, reunindo obras de alunos, professores e artistas convidados. Algumas boas surpresas no desenho e na pintura, de alunos que se afirmam como jovens promessas das artes senenses, mas também ao nível da animação e da narrativa cinematográfica, pois tive a oportunidade de ver dois filmes nos quais se nota facilmente uma intuição criativa dos seus autores, que está a ser acompanhada pelos seus professores. Estão todos de parabéns.

Créditos das fotos: Beatriz Lopes


quinta-feira, 5 de maio de 2011

HOMENAGEM NA ARTIS X

Dando continuidade às boas práticas de anos anteriores, valorizando o contributo dos artistas senenses para o enriquecimento cultural do concelho, nas mais diversas áreas da criação e expressão artísticas, a ARTIS X e a Câmara Municipal de Seia distinguiram o escultor António Nogueira, no dia da abertura oficial, a 7 de Maio. O compositor Jaime Reis será homenageado a 21 de Maio, por ocasião do concerto com a Orquestra Filarmonia das Beiras.


A Vice-presidente da Câmara, Engª Cristina Sousa, entrega a António Nogueira uma lembrança da CMS.

O Presidente da Associação de Arte e Imagem de Seia, Luiz Morgadinho, entregou o troféu da ARTIS a António Nogueira


O escultor senense, agradecendo a homenagem. "Um importante incentivo para o meu trabalho", afirmou.


Coube-me apresentar o escultor senense, com as palavras que se seguem:


António Nogueira - Um Escultor senense em Montemor-o-Velho

Ao longo da última década, o escultor senense António Nogueira tem desenvolvido uma intensa atividade escultórica no centro do país, onde a sua obra pública se encontra particularmente representada. Na abertura oficial da ARTIS X, será destacado o seu contributo para as artes senenses e para a Escultura portuguesa actual.

A obra de António Nogueira desenvolve-se em duas vertentes. Uma, dominada pela pesquisa criativa de formas e de materiais, revela-se na fronteira do “figurativo” com o abstracto e cuja dimensão estética inspira sentidos plurais ancorados na realidade. Na outra vertente da sua obra, de inspiração realista, desenvolve sobretudo temas alegóricos e etnográficos, partindo de figuras representativas das práticas e manifestações mais tradicionais da cultura local e regional para alimentar e até renovar o imaginário popular. Estas homenagens poéticas, de cuidada composição de volumes e contido dinamismo de formas, caracterizam a sua obra pública.


António Nogueira - "Queijeira", 2008, Gouveia

Formado pela A.R.C.A. e com experiência técnica como escultor numa empresa de mármores em Alfarelos, na região que escolheu para viver e trabalhar, trabalha preferencialmente o mármore e a pedra calcária, que combina com o granito e betão em conjuntos de maior volume, como no Monumento ao Pescador da Praia da Leirosa, Monumento às Tecedeiras (Fioso, Crestuma), Peixeira da Praia da Leirosa, Homem dos Campos do Mondego (Montemor-o-Velho), Queijeira (Gouveia), Homem a Jardar (Gouveia), Moleiro da Gândara (Figueira da Foz), Monumento A Todas as Mães (Montemor-o-Velho), ou Mulher dos Enchidos (Quiaios).

António Manuel Marques Nogueira nasceu em Seia em 1967. Reside desde 1999 em Lavariz, Carapinheira – Montemor-o-Velho.
Licenciado em escultura pela A.R.C.A. em 1994. Durante o curso, exerceu a atividade de escultor na empresa Mármores do Centro, em Alfarelos. Participou num workshop de escultura em Montemor-o-Velho em 1998.
Entre 1995 e 1999, lecionou Educação Visual em várias escolas próximas de Montemor-o-Velho.


Autor de diversas esculturas e monumentos, entre os quais: imagem de São Silvestre (São Silvestre, 1999), Monumento ao Pescador da Praia da Leirosa (2000), Monumento às Tecedeiras (Fioso, Crestuma, 2001), Peixeira (Praia da Leirosa, 2003), Busto do Dr. Armando Gonçalves (Tentúgal, 2003), Homem dos Campos do Mondego (Rotunda da Carapinheira, EN 111, Montemor-o-Velho, 2004), Homem a Jardar (Gouveia, 2005), Moleiro (Moinhos da Gândara, Figueira da Foz, 2005), Pescador do Rio (Ereira), Bombeiro (Montemor), Gandaresa (Arazede), Monumento A Todas as Mães (Montemor-o-Velho, 2009), Queijeira (Gouveia, 2009), Mulher dos Enchidos (Quiaios, 2009).

Realizou exposições individuais no Hospital da Universidade de Coimbra (2002), Clube Médico de Coimbra (2006 e 2008) e na Carapinheira (2009). Participou em várias exposições coletivas de artes plásticas, no museu da Figueira da Foz (2003), na Casa Municipal da Cultura de Seia (2003), Casa da Cultura de Coimbra (2005), tendo também participado em várias edições da ARTIS desde 2004.

Apesar da crise – ou mesmo por causa dela, para acalentar a alma senense promovendo os valores locais – faria todo o sentido ter em Seia pelo menos uma obra de António Nogueira, erguendo-se numa das entradas da cidade ou recortando-se bucolicamente nos verdes de um dos seus vários espaços ajardinados. Pois a escultura, enquanto arte pública, representa e transmite os melhores sentimentos coletivos, servindo de símbolo unificador e inspirador de toda a coletividade.

MONUMENTOS PÚBLICOS


1999 - São Silvestre (São Silvestre)
2000 - Pescador (Praia da Leirosa)
2001 - Monumento às tecedeiras (Crestuma - V. N. Gaia)
2002 - Santa Luzia (Igreja de Lavos)
2003 - Peixeira (Praia da Leirosa)
2003 - Busto do Dr. Armando Gonçalves (Tentúgal)
2004 - Homem dos Campos do Mondego (Carapinheira)
2004 - Monumento do Club Rotary de Coimbra (Coimbra)
2005 - Varina (Freguesia de São Pedro - Figueira da Foz)
2005 - Moleiro (Freguesia de Moinhos da Gândara)
2006 - Homem dos Lanifícios (Gouveia)
2006 - Cópia de Coluna e Capitel Romano (Ruínas de Conímbriga)
2006 - Restauro do Cruzeiro do Alhastro (Carapinheira)
2007 - São Pedro (Igreja de Buarcos)
2007 - Gandaresa (Arazede)
2007 - Busto Maria Luísa Ruas (Gesteira)
2008 - Bombeiro (Montemor-oVelho)
2008 - São José (Carapinheira)
2008 - Queijeira (Gouveia)
2008 - Pescador no Dóri (São Pedro-Costa Lavos)
2009 - Monumento à Mãe (Montemor-o Velho)
2009 - Pescador do Bacalhau (Praia de Lavos)
2009 - Pescador do Rio Mondego (Ereira)
2009 - Mulher dos Enchidos (Quiaios)
2010 - Busto do Escuteiro Baden Powell (Carapinheira)
2010 - Monumento ao Idoso (Lar de Santo António - Figueira da Foz)
2011 - A Mondadeira (em execução – Abril 2011)


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