Entre os artistas contemporâneos que reutilizam materiais
e partes de objectos usados nas suas criações, destaca-se o britânico Michael Landy (n. Londres, 1963). As suas obras combinam a performance com a instalação
e privilegiam a recontextualização, transformando em obra de arte o que parece
vulgar e mundano. As suas propostas artísticas complexas e de grande impacto
visual ganharam visibilidade no grupo londrino YBA - Young British Artists (Jovens Artistas Britânicos) e colocaram-no rapidamente entre os melhores representantes da Arte Concetual
e instalação europeias. Em Break Down (2001), a sua principal obra, Landy destruiu todos os seus bens e objetos pessoais, a maior parte deles insubstituíveis. Outra das suas obras de referência é Art Bin (2010).
Uma série de trabalhos recentes de Michael Landy encontra-se
em exposição até 24 de novembro na National Gallery, Londres. Esta exposição,
intitulada “Saints Alive” (Santos ao Vivo), é o resultado de uma residência
artística do artista na National Gallery. Landy ficou fascinado com as
representações sagradas de santos e suas histórias, realizando várias
esculturas cinéticas com acumulação de formas diversas e peças de objetos e
máquinas. A esculturas são interativas, bastando ao visitante carregar num pedal para lhes dar movimento.
Entre as esculturas expostas pode ser apreciado (e animado) um São Jerónimo ou um São Jorge.
Entrevista com Michael Landy no YouTube.
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