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sábado, 14 de maio de 2016

ARTIS XIV - 07 de maio a 30 de junho


Abriu portas no dia 7 de maio e decorre até 30 de junho o XIV Artis – Festival de Artes de Seia. Apesar do mau tempo, com anúncios de tempestade em plena Primavera, a cerimónia de abertura contou com a presença de grande número de artistas, participantes e convidados, assim como de muito público entusiasta e entidades municipais. Na ocasião, foram homenageados Virgínia Pinto e Mário Jorge Branquinho, a primeira pela sua obra escultórica, representando a escultura senense contemporânea, o segundo por ter sido o impulsionador e principal fundador da Associação de Arte e Imagem de Seia (com José Carlos Calado, José João Rodrigues e Sérgio Reis) há precisamente 15 anos, para além de relevantes contributos para a cultura senense nos últimos 20 anos, no jornalismo, associativismo, criação e organização de eventos culturais, tendo ainda publicado três livros de crónicas e realizado algumas exposições individuais de fotografia. Os troféus e certificados foram entregues aos homenageados pelo Presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo, Presidente da Associação de Arte e Imagem, Luiz Morgadinho, Vereadora do Pelouro da Cultura, Cristina Sousa, e pelo professor e artista plástico Sérgio Reis, que usaram da palavra. A cerimónia encerrou com uma brilhante atuação da Orquestra Didática do Conservatório de Música de Seia, muito aplaudida, provando que não faltam no concelho jovens com elevado potencial artístico.
O Artis – Festival de Artes de Seia realiza-se desde 2002 e é organizado pelo Município de Seia em parceria com a Associação de Arte e Imagem de Seia. O Festival centra-se nas exposições de artes plásticas e de fotografia, patentes ao longo de dois meses nas galerias e foyer do cineteatro da Casa da Cultura de Seia. No salão e galerias da Casa da Cultura estão patentes 80 obras de desenho, pintura e tapeçaria, de outros tantos artistas portugueses e estrangeiros, com destaque para os artistas de Seia, juntamente com 19 obras de escultura. No Foyer do Cineteatro, encontram-se expostas 32 fotografias, a maioria subordinada ao tema do Artis XIV, “Reflexos”. As maiores surpresas desta edição referem-se ao elevado número de inscrições, qualidade das obras, participação de artistas estrangeiros e uma enorme adesão ao tema proposto. A diversidade e qualidade complicou o trabalho do júri de seleção, que decidiu apurar o máximo de artistas reduzindo a sua participação a uma única obra. Foram ainda apuradas as melhores obras em exposição, na Pintura, Escultura e Fotografia, nomeadamente: "In the Middle", óleo s/tela (Rui Tavares); "Auto-observação", gesso e metal (Samuel Ferreira); "A Autodestruição e a Resignação", fotografia digital (Sérgio Viana).

Na galeria de exposições temporárias do Posto de Turismo de Seia terá lugar até final de maio a exposição individual de pintura de Xico Melo (Francisco Dias Mota Veiga), sucedendo-se no mesmo espaço, durante o mês de junho, a exposição coletiva dos alunos finalistas do Curso de Artes Visuais do Agrupamento de Escolas de Seia.


O programa do Festival de Artes de Seia inclui ainda diversas atividades paralelas contemplando as mais diversas artes, com destaque para a Música, Teatro, Cinema, Performance e Poesia. No primeiro mês do Festival decorrerá o IX Motin – Mostra de Teatro Infantojuvenil, de 16 a 21, com apresentação de peças pelos grupos de teatro escolar do concelho e dois grupos convidados, Teatro e Movimento (Coimbra) e MIAU Companhia de Teatro (Lisboa). Ainda durante o mês de maio, terá lugar no dia 14 a sessão de cinema e tertúlia organizada pelo 7ª Sena, com o fotojornalista Marcelo Londoño como convidado, uma instalação performativa de Ricardo Cardoso a 28, no Largo da Câmara, com início às 15:00 horas, e oficinas de pintura no jardim para os mais novos, orientadas pela artista plástica Tânia Antimonova, entre 16 e 20 de maio.

Na apresentação de um dos homenageados, Mário Jorge Branquinho

Exposição de Artes Plásticas - vista parcial

Exposição de Artes Plásticas - vista parcial

  Abertura do Artis XIV - vista parcial

 Abertura do Artis XIV - vista parcial

Trabalhos dos alunos da Casa de Santa Isabel




sábado, 9 de abril de 2016

Exposição Onda Bienal anuncia pólo da 2ª Bienal de Gaia em Seia


Foi ontem inaugurada na Casa Municipal da Cultura de Seia a exposição Onda Bienal em Seia, com a presença de Agostinho Santos (Presidente dos Artistas de Gaia e Diretor da Bienal de Gaia), Carlos Filipe Camelo (Presidente da Câmara Municipal de Seia), Luiz Morgadinho (Presidente da Associação de Arte e Imagem de Seia), artistas locais e da região (Gouveia, Mangualde, Viseu) e convidados.
O momento solene teve como ponto alto o anúncio formal da criação em Seia de um pólo da 2ª Bienal Internacional de Gaia, a realizar em julho, agosto e setembro de 2017, ao lado de Vila Nova de Cerveira, Viana do Castelo e outras cidades do norte de Portugal.
A Onda Bienal é um projeto que decorre da 1ª Bienal de Gaia (2015) e que pretende levar a ação da Bienal a outras localidades no ano entre duas bienais, em parceria com outras associações de artistas e municípios.

 Apresentando a exposição Onda Bienal em Seia

 Luiz Morgadinho, Sérgio Reis, Carlos Filipe Camelo, Agostinho Santos, Virgínia Pinto, Florentina Resende

 Vista parcial da exposição

Vista parcial da exposição

Fotos: CMS e Sérgio Reis


terça-feira, 23 de junho de 2015

Mural E Agora? - Artis XIII


Pintura de mural com 4 X 14 metros no Festival ARTIS XIII, na avenida junto à Central de Camionagem de Seia, pelos artistas Alexandre Magno da Silva, Luiz Morgadinho, Ricardo Cardoso, Sérgio Reis, Virgínia Pinto e Vitor Zapa.

Início da obra coletiva. Foto: Mário Jorge Branquinho

 
"The end". Da esquerda para a direita, "os culpados do costume": Alexandre Magno, Vítor Zapa, Sérgio Reis, Virgínia Pinto, Ricardo Cardoso, Luiz Morgadinho. Foto: Mário Jorge Branquinho.

Vista parcial do mural com 14 metros de comprimento

domingo, 11 de maio de 2014

Artis XII - Festival de Artes Plasticas de Seia

Vista parcial da exposição de artes plásticas

Decorre mais uma edição do Artis, a 12ª desde a criação da Associação de Arte e Imagem de Seia em 2001, um conjunto de eventos culturais de índole artística realizado anualmente em maio e centrado na exposição coletiva de artes plásticas. Criada como Festa das Artes em Seia, evolução natural das três grandes exposições coletivas que animaram o panorama cultural senense em 1999, 2000 e 2001, o Artis atingiu um novo pico qualitativo em 2011. No regresso da Artis em 2013, constrangida pelo clima de aperto financeiro e embaraço geral provocado pela injustificada suspensão do festival em 2012, falava-se acertadamente em “emergência criativa”, pois só por aí iremos mais além nos próximos anos, mas faltou convocar e reunir de facto vontades e interesses para transformar a emergência num caso bem sucedido de reanimação, valorização e promoção dos artistas e das artes locais.

Este ano, a exposição de artes plásticas apresenta 46 obras de desenho e pintura e 12 esculturas, cobrindo um grande número de técnicas e um vasto leque de sensibilidades artísticas. Do naturalismo à abstração, passando pelo surrealismo e nova figuração, podemos aí encontrar obras que exemplificam diversas tendências da arte moderna e contemporânea através do desenho, colagem, pintura (aguarela, óleo, acrílico, técnicas mistas), escultura em madeira, pedra, gesso ou bronze e a curiosa instalação de Joanne Hovenkamp. O nível artístico é elevado, havendo a destacar a participação de muitos artistas com obra premiada noutros certames, assim como de alguns jovens artistas senenses promissores. Entre os artistas senenses com presença regular na Artis, Ricardo Cardoso acrescentou cor aos seus habituais desenhos monocromáticos de grande dimensão, a tinta da china e vieux chêne, e Virgínia Pinto continua a surpreender pela positiva, com uma peça recente muito interessante em termos formais e interpretativos: "Nação... Cabeças Ocas, Futuro!", peças de calcário natural unidas por parafusos e arames, formando uma cabeça, oca, desprovida de cérebro.

"Nação... Cabeças Ocas, Futuro!", Virgínia Pinto, calcário natural e metal

O tema proposto pela organização da Artis, “A magia da nossa montanha”, valorizando “as tradições culturais, produtos, paisagens e pessoas”, foi trabalhado por diversos artistas e abundantemente desenvolvido pelos fotógrafos. A exposição coletiva de artistas senenses acolheu a fotografia em 2004 e esta rapidamente adquiriu expressão e autonomia, passando a ser exposta separadamente em 2007. A exposição de fotografia da Artis XII, no foyer do cineteatro, reúne obras de 24 fotógrafos profissionais e amadores, a maioria dos quais buscou assunto nos encantos naturais da montanha, aprisionando os seus ecos mágicos em imagens magníficas, enquanto outros sublinham os aspetos culturais distintivos do sentir-agir regional, recorrendo por vezes a técnicas digitais para intensificar o sentido poético da imagem fotográfica.

Na inauguração oficial, na noite do dia 3 de maio, foram homenageados Ivo Mota Veiga e José António Baptista, o primeiro pela sua participação regular na Artis, tendo integrado a equipa organizadora da primeira exposição coletiva dos artistas senenses em 1999, e o segundo pelo seu percurso como animador educativo, na área da música e do teatro. Licenciado pela Escola Superior de Educação de Coimbra em Teatro e Educação, José Baptista lecionou a disciplina de Expressão Dramática/Teatro e foi um dos impulsionadores da Mostra de Teatro Infanto-juvenil (Motin). Desde 2000, foram homenageados os artistas Amílcar Henrique (homenagem póstuma), Pinho Dinis (2002), Helena Abreu (2003), Tavares Correia (2004), Xico Melo (2005), Sérgio Reis (2008), António Correia e Luiz Morgadinho (fotografia e pintura, 2009), Eurico Gonçalves, José Carlos Calado e Ricardo Cardoso (carreira artística, fotografia e pintura, 2010), António Nogueira e Jaime Reis (escultura e música, 2011), Ana Carvalhal e Carlos Moura (pintura e fotografia, 2013).

O programa  completo da Artis XII, até 29 de junho, pode ser consultado na página oficial da Câmara Municipal, Casa da Cultura e Artis de Seia.

Catálogo da Artis XII aqui.

"A Montanha Mágica", Sérgio Reis, 2014, acrílico s/tela

"Introspeção", Paula Bacelar, 2013, acrílico s/tela. "Mulher grávida", escultura, bronze.

"Horus Eye", Alberto D'Assumpção, óleo s/tela

"Who is Who #1", Carlos Osório, acrílico s/tela

S/título, Florentina Resende, óleo s/tela

"Tarda em Chover", Luiz Morgadinho, acrílico s/tela

"Lagoa do Covão do Curral", Rui Cristino da Silva, óleo s/tela

S/título, Tania Antimonova, 2014, óleo s/tela

"Serra da Estrela", Vera Mota, acrílico s/tela

"Visão da Serra", Xico Melo, 2013, óleo s/tela

sábado, 10 de março de 2012

Virgínia Pinto

"Satélite", 2011

Em 1999, por ocasião da primeira exposição coletiva dos artistas senenses, constituiu uma agradável surpresa verificar que um significativo número de senenses de várias idades e formações se dedicavam de algum modo às artes. Faziam-no sobretudo por curiosidade cultural ou prazer ocupacional e poucos sonhavam com uma carreira artística de sucesso, que é muitas vezes confundida ou medida erradamente pelo sucesso comercial. E acharam importante mostrar regularmente algumas das suas obras numa exposição coletiva anual que começou por marcar o panorama cultural senense na viragem do século e sobrevive atualmente integrada no ARTIS – Festival de Artes Plásticas de Seia, cuja 11ª edição terá lugar já em maio. Embora os números não tenham rosto nem nome de gente e sejam por isso tão frios e enganadores, vale a pena sublinhar que cerca de 130 desses artistas, amadores no sentido mais inteiro do termo (aqueles que amam e se dedicam por gosto), expuseram pelo menos uma vez nas 14 mostras coletivas até hoje realizadas. Alguns, participaram repetidamente nessas exposições e a sua obra desenvolveu-se entre coletivas senenses, ganhando corpo e vontade para vencer as barreiras da interioridade.

Virgínia Pinto é uma artista senense (Sameice, 1976) revelada pelas grandes coletivas dos artistas senenses, nas quais participa desde a 3ª edição (2001). Artista autodidata, com formação na área da engenharia civil (Curso Técnico de Desenho e Medições do CICCOPN, Curso de Engenharia Civil na Escola Superior de Tecnologia de Viseu), sempre gostou de desenhar e pintar. Ao longo dos anos, foi descobrindo materiais, explorando técnicas, desenvolvendo o sentido da composição e a expressividade dos conteúdos plásticos. Há poucos anos, experimentou a escultura e as suas obras rapidamente entraram no circuito da arte contemporânea nacional, com boa recetividade em exposições nacionais e internacionais e feiras de arte.

Os seus primeiros trabalhos sobre tela datam de 1996. Quatro anos depois, realizou a sua primeira exposição individual, intitulada “Um som que senti”, na Quinta do Crestelo, em Seia. Sobretudo desde 2001, em obras como “O Anjo” (o “anjo das criações”, segundo a autora), as temáticas e o esquema pictórico clarificaram-se e dominam a sua pintura até ao presente, com maior nível de exigência a nível da representação e caracterização das figuras e tratamento da cor. A composição dinâmica combina abstrato e figurativo no mesmo campo visual, predominando a monocromia, aqui e ali animada com geometrizações coloridas. A lembrar que, no quotidiano monótono e vazio, os afetos são as principais alegrias mas também focos de sofrimento, e a vida das pessoas perpetua-se ou muda conforme o modo como elas se relacionam com essas alegrias e reagem ao sofrimento. Ora as alegrias e as tristezas são quase sempre construções mentais e parece-me interessante que a artista as geometrize em quadros predominantemente figurativos, como acontece por exemplo nas telas “Abraço” ou “Encontros” (2004). Em obras como “Corpos de Papel” (2008), as construções mentais são os próprios cabelos das personagens.

O ano da exposição individual “O meu sonho é ser pássaro” (Viseu, 2008), marca o final da primeira fase da obra de Virgínia Pinto. Em 2009, a artista senense iniciou-se na escultura, combinando materiais aparentemente tão diversos como o mármore, aço inox e madeira. Em poucos anos, as suas pequenas mas sugestivas esculturas ganharam visibilidade e abriram-lhe as portas de diversos certames artísticos nacionais e internacionais. Recentemente, criou um blogue na internet, onde se apresenta e disponibiliza imagens das suas esculturas mais recentes, mostrando que o artista não precisa de ser pássaro para elevar o espírito bem acima da matéria.

“O Anjo”, 2001, técnica mista s/tela

"Corpos de Papel", 2008, técnica mista (óleo, grafite, tinta) s/tela

Texto publicado no jornal Porta da Estrela nº941 de 15 de março 2012.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

VIRGÍNIA PINTO

A artista senense Virgínia Pinto participa actualmente na exposição de obras seleccionadas para o Prémio Carmen Miranda, a decorrer até 5 de Agosto no Espaço Arte do Museu Municipal de Carmen Miranda, no Marco de Canaveses.

Vista parcial da exposição, com as duas peças de Virgínia Pinto

O concurso tinha como temas obrigatórios o “Centenário da República” e os “100 Anos do Dia Internacional da Mulher” e contou com a participação de 64 obras de 46 artistas. Das 17 obras expostas, apenas Virgínia Pinto representa a escultura, com duas peças, uma das quais (“Sentado no Espaço” – mármore, aço e cobre) esteve recentemente exposta na ARTIS IX.

Por maioria, o júri decidiu atribuir o Prémio Carmen Miranda 2010 a “Cem Sem” (técnica mista), de Lúcia David, e uma menção honrosa à pintura "República Portuguesa" (acrílico s/tela), de Gil Maia.
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"Grito"
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Virgínia Maria de Almeida Pinto nasceu em Sameice, Seia, a 09 de Março de 1976.
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Engenheira civil. A Pintura e gosto pelas artes surgiram em 1986, data dos primeiros trabalhos, através da pesquisa e desenvolvimento de técnicas combinando diferentes materiais, nomeadamente óleo, grafite, carvão e tinta.
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Iniciou-se na escultura em 2009, com trabalhos em mármore, inox e madeira.

"Sentado no espaço" - escultura em mármore, aço e cobre

Exposições individuais: Quinta do Crestelo (Seia, 2000); Salão das Magnólias (Seia, 2001); Bar Santa Sé (Viseu, 2004); Mais Um Bar (Viseu, 2008); Bar Lugar do Capitão (Viseu, 2008).

Exposições colectivas: Amigos do Fundão (2000); Exposição dos Artistas Senenses (Lisboa, 2004); “Jovens Artistas” – Centro Nacional de Cultura (Lisboa, 2004); EXPOVIS - Feira de São Mateus (Viseu) e ARTIS II a IX (Seia, 2003 a 2010); GóisArte 2010; Prémio Carmen Miranda 2010 (Marco de Canaveses, Julho e Agosto 2010); EXPOVIS - Feira de São Mateus 2010 (Viseu, Agosto e Setembro 2010).