quarta-feira, 7 de julho de 2010

GÓIS ARTE 2010

Auditório da Casa do Artista

No Auditório da Casa do Artista, decorreu a sessão solene de abertura do GóisArte 2010, com intervenções das diversas personalidades que constituíam a mesa e a presença destacada, entre o público, dos presidentes das Juntas de Freguesia e de um representante do Turismo do Centro.
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Nos discursos oficiais, salientou-se a importância do GóisArte no contexto local e sua relação com a Galiza - particularmente com o Município de Oroso, localidade galega que se geminou com Góis - registando-se a participação de cerca de 20 artistas galegos na exposição colectiva e no grupo luso-galaico de escultores que trabalhou duas semanas na concepção do monumento alusivo à geminação Góis-Oroso, assim como em 6 esculturas individuais - que estiveram em destaque no auditório durante a sessão de abertura.
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Seguidamente, foi inaugurada a exposição colectiva de obras participantes, nas galerias da Casa do Artista. Este ano sob o signo da biodiversidade / biodiversid'arte, a exposição reúne cerca de uma centena de obras de pintura, escultura, serigrafia e fotografia, num espaço que começa a ser pequeno para tantas obras ... e público.
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Foram seleccionadas para o GóisArte 2010 quatro obras de artistas senenses: Francisco Paulo (F. Paulo); Luíz Morgadinho; Sérgio Reis e Virgínia Pinto. No que me diz respeito, é a terceira vez que participo na colectiva de Góis: 2000, 2001 e 2010.
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O GóisArte foi criado em 1997, durante a presidência de José Cabeças, num esforço conjunto da Câmara Municipal de Góis e da Associação de Desenvolvimento de Góis e da Beira Serra, que contaram depois com o envolvimento pontual de outros organismos e associações. O executivo camarário seguinte, presidido por José Girão Vitorino (1947-2010) desenvolveu a iniciativa dando-lhe projecção nacional e criou laços com a Galiza. A actual presidente da Câmara, Maria de Lurdes Oliveira Castanheira, propõe-se levar ainda mais longe a iniciativa criada e desenvolvida pelos antecessores. Parece-me importante, mesmo urgente, começar por melhorar as condições de exposição das galerias da Casa do Artista, já que a mostra colectiva é a raiz e o cerne do GóisArte. Saúda-se o alargado intercâmbio cultural com Oroso e a próxima criação do Museu de Góis, no edifício do antigo hospital que se encontra em fase de recuperação.
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Ao longo das suas 14 edições, o júri de selecção do GóisArte integrou artistas de relevo das artes ibéricas, como Armando Martinez, Camarro, Geraldes da Silva, Jacqueline Moys, Mário Silva, Pinho Dinis (1921-2007), entre outros. Integrou ainda o júri, nos primeiros anos do evento, a mais importante artista local, Alice Sande (Pombal, 1925-Góis, 2005), que participou na Expo'98 com uma interessante exposição de pintura no Pavilhão do Território. Na Casa Museu Alice Sande funciona actualmente o Posto de Turismo de Góis.
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Sessão solene de abertura do GóisArte 2010, no auditório da Casa do Artista. Da esquerda para a direita: Dr. José Machado Lopes (representante do júri e do Movimento Artístico de Coimbra); José António Pereira de Carvalho (Presidente da Assembleia Municipal); Drª Maria de Lurdes Castanheira (Presidente da Câmara Municipal de Góis); D. Manoel Miras Franqueira (Alcaide de Oroso - Galiza, Espanha); Dr. António Sérgio (representante do Governo Civil de Coimbra).

Inauguração da exposição colectiva


Vista parcial da segunda sala da exposição colectiva.

Recanto da sala principal: ao centro, uma pintura de Maria Margaretha Velzeboer (Marvel), que participou na ARTIS IX em Seia. Antonia Broos e Antje Margaretha Iedema (AMIe) também estão em Góis e participaram na ARTIS 2010.


Carlos Inácio - "Biodiversida-me, Biodiversida-te, Biodiversida-nos", acrílico s/tela


Francisco Paulo - técnica mista

Geraldes da Silva

Luíz Morgadinho - "Faina Inumana e Criminosa", óleo s/tela

Oscar Aldonza Torres - "La Via del Conocimiento", terracota

Rita Duarte - "Espaços de Luz", óleo s/tela

Virgínia Pinto

Após a inaguração da exposição colectiva do GóisArte 2010, foi inaugurado um monumento evocativo da geminação Góis-Oroso. O monumento concebido por artistas portugueses e galegos, localiza-se na rotunda da saída rodoviária para a Lousã.

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