A partir de 28 de junho,
a Tate Modern em Bankside, Londres, revela Edvard Munch (Noruega, 1863-1944) à
luz do conhecimento atual do artista e da sua obra.
Intitulada “Edvard
Munch: The Modern Eye”, a exposição inclui seis pinturas, algumas das quais
cedidas pelo Museu Munch, em Oslo, assim como fotografias e filmes.
A obra do famoso pintor
simbolista do século XIX foi marcada por tragédias pessoais e familiares, como
é sabido, mas também por acontecimentos reais relatados nos jornais da época,
como na pintura “A Casa está a Arder”, de 1925-27, e pelas inovações
tecnológicas da sua época. Numa pintura de 1919-21, “O Artista e o seu Modelo”,
representa os efeitos visuais criados pela iluminação elétrica e alguns dos
seus quadros mais famosos revelam interesse pela linguagem cinematográfica (composições
dominadas por linhas de força diagonais e figuras em primeiro plano para criar
a ilusão do movimento) e pela fotografia. Tal como outros pintores do seu tempo
(Bonnard e Vuillard, por exemplo), Munch dedicou-se à fotografia, tendo
desenvolvido uma obsessão pelo autorretrato.
A obsessão é uma das
caraterísticas da obra de Munch, que pintou várias versões do mesmo tema e
repetiu motivos de quadro para quadro, desde “A Menina Doente” (1885) ao seu
quadro mais célebre, “O Grito” (inicialmente intitulado “Desespero”), do qual
existem 4 versões e uma litografia. Foi a quarta versão de “O Grito”, a única
na posse de um particular, que foi vendida em 2012 por 119,9 milhões de dólares
(91,3 milhões de euros), estabelecendo um novo recorde nos leilões de arte.
Os estados depressivos
repetiram-se pela vida adulta do artista, tendo sido tratado em França (Le
Havre), Suíça e Alemanha (Bad Elgersburg). Nos anos 30, uma doença dos olhos
afetou a sua pintura, tornando-a ainda mais melancólica e sombria. Faleceu na
sua casa, perto de Oslo, aos 80 anos.
Duas versões do mesmo quadro: “Raparigas na Ponte”, c. 1899 (Nasjonalgalleriet, Oslo) e
“Quatro
Raparigas na Ponte”, 1905 (Walraff-Richartz-Museum, Köln)
Trailer do filme “Edvard Munch”, realizado por Peter Watkins em 1976, com Geir Westby e
Gro Fraas nos principais papéis.
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