A artista
japonesa Yayoi Kusama (草間 彌生 ou 草間 弥生) nasceu em 1929
em Matsumoto, Nagano. Conhecida pelas suas obras obsessivas com pontos de
várias dimensões e cores e ambientes infinitos, é na realidade uma artista
completa, que explorou uma grande variedade de técnicas artísticas ao longo da
sua carreira: pintura, desenho, colagem, escultura, performance, instalação,
design.
Após
estudos artísticos convencionais no Japão, Kusama sentiu-se atraída pela arte
ocidental e mudou-se para os EUA em 1958. Aí explorou as mais diversas técnicas
artísticas oferecidas pelas vanguardas nova-iorquinas e desenvolveu a sua obra,
balizada pela Pop Art, abstracionismo geométrico e Minimalismo. Nos anos 60,
as suas ações artísticas radicais em favor da paz e contra a guerra do Vietname
colocaram-na na ribalta das artes nos EUA. Começou a pintar grandes telas com
padrões repetitivos, que prolongou depois pelas paredes, pelo chão e pelo teto,
criando ambientes alucinantes. As suas instalações mais conhecidas
caracterizam-se pela acumulação de formas e objetos iguais. Na performance,
pintava os participantes com pontos coloridos ou vestia-os com as suas criações
estilísticas, integrando-os em ambientes construídos com padrões óticos obsessivamente
repetidos.
Regressou
ao japão em 1973, dedicando-se também à escrita – contos, romance, poesia. O
agravamento dos seus problemas obsessivos levam-na a entrar voluntariamente
para uma instituição de tratamento de doenças mentais. Com o apoio de uma
equipa de assistentes, dividiu os seus dias entre esse local e o seu atelier,
nos arredores de Tóquio, continuando a trabalhar novas ideias e a produzir as
obras de arte que lhe asseguram uma posição de destaque na arte japonesa
contemporânea.
Em 1993,
foi a figura central do pavilhão japonês na Bienal de Veneza, com o seu projeto
“Quarto de Espelhos (Abóbora)”. Expôs nas principais galerias de arte
internacionais e produziu obras de arte pública para instituições públicas e
privadas no Japão (Fukuoka, Naoshima, Matsumoto), França (Lille) e EUA (Beverly
Hills). A sua obra encontra-se representada nas coleções de importantes museus,
como o Museu de Arte Moderna de Nova York, Los Angeles County Museum of Art, o
Stedelijk Museum de Amsterdão, o Centro Pompidou em Paris e o Museu Nacional de
Arte Moderna de Tóquio.
Y. Kusama em video (2012)
Site oficial
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