
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Exposição de fotografia "Fogo e Ferro Fundido" em Loriga

quinta-feira, 24 de novembro de 2011
OUTRA VEZ NÃO. EDUARDO BATARDA - finalmente em Serralves

Não gostei particularmente da entrevista de Eduardo Batarda ao jornal Expresso (Revista Única, Expresso #2038, 19 de novembro 2011), a propósito da exposição retrospetiva “Outra vez não. Eduardo Batarda”, que inaugura amanhã em Serralves. Aprecio a irreverência do artista, cada vez mais necessária nos dias que correm, mas algumas provocações são forçadas e em certa medida gratuitas ou talvez menos pensadas. Por exemplo, quando ele diz, logo no início da entrevista publicada, que os artistas “para serem admiráveis têm que se comportar como escumalha, porque (…) um artista tem que matar os outros todos”.
Batarda diz muitas coisas acertadas e preza muito as suas verdades mas também é certo que cultiva uma imagem de contestatário quase sempre silencioso – ao contrário de um Luiz Pacheco, por exemplo, que falava e escrevia muito, disparando em todas as direções, ou de um João César Monteiro. Mas a capacidade criativa pode ter uma raíz e objetivos contestatários, o verdadeiro criativo apercebe-se da necessidade e oportunidade da criação e sonha desesperadamente mudar alguma coisa com isso, mesmo que o negue ou desvalorize. Ao escrever isto, lembrei-me de Alberto Pimenta e de Jorge Palma, não sei porquê. Entre estes e tantos outros criativos que realmente interessam, Eduardo Batarda tem essa fundamental capacidade de questionar a consciência que temos do mundo que nos rodeia, recorrendo à provocação e à ironia subtil. Como é aliás referido no texto de apresentação da exposição, passo a citar: “A obra de Eduardo Batarda assume-se como um desafio: como interpretar a pintura e as suas imagens, referências e comentários?”
À revelia das verdades artificiais que sustentam o mundo atual e o renovam continuamente, Eduardo Batarda construiu a sua obra desde o final dos anos 60, após a licenciatura em Pintura na ESBAL. Um percurso que a exposição em Serralves pretende mostrar, desde as primeiras obras até aos trabalhos de 2011. Uma trajetória artística com reconhecimento inicial em Inglaterra (prémios Sir Alan Lane e John Minton) e consagração em 2007, com a atribuição do Grande Prémio EDP. É este prémio que justifica esta exposição em Serralves, produzida pela Fundação EDP e a Fundação de Serralves, finalmente de reconhecimento pela especificidade da obra de Batarda, “um elemento estranho no saudável e pacato contexto da pintura nacional” (Miguel von Hafe Pérez).
Já escrevi sobre Eduardo Batarda neste blogue, a propósito da sua exposição “Bicos” (Galeria 111, 2010), mas queria evocar as suas origens na Beira Alta lembrando que o pai era natural da Guarda (Maçainhas de Baixo). Eduardo Batarda e o irmão José António, três anos mais novo, nasceram em Coimbra. Batarda era o apelido da mãe, natural do Redondo.
Comecei este texto dizendo que não gostei da entrevista de Eduardo Batarda (que conheci quando lecionou na ESBAP) mas não é totalmente verdade. Gostei muito do final, quando ele diz: “Acredito nas coisas que me comovem”. E logo depois: “Gostava de me dar melhor com algumas pessoas, gostava que não tivessem morrido duas ou três, gostava que não estivessem doentes três ou quatro”. Não é só um grande artista que diz isto numa entrevista, mas sobretudo uma excelente pessoa.
A exposição “Outra Vez Não. Eduardo Batarda” é inaugurada amanhã, 25 de novembro (entrada livre para a inauguração, das 22h00 às 24h00), abre ao público no dia seguinte e prolonga-se até 11 de março 2012.
sábado, 19 de novembro de 2011
TRIBUTO A JOHN LENNON NA GALERIA SÍLVIA SOARES

A artista e galerista Sílvia Soares teve a ideia, inspirada pelos seus contactos com Sean Ono Lennon, filho de John e Yoko, de assinalar mais um aniversário do nascimento de John Lennon (9 outubro de 1940) e evocar o seu trágico desaparecimento (8 de dezembro de 1980), com uma exposição internacional de tributo ao famoso Beatle.
Com Paul McCartney, John assinou os principais temas da famosa banda britânica e prosseguiu uma carreira de sucessos após a separação dos Beatles, com Yoko Ono ou a solo.
Em 1969, Lennon casou com a artista plástica japonesa Yoko Ono (havendo quem atribua a Yoko a responsabilidade do fim do grupo The Beatles) e foi assassinado em 1980 por um fã, em Nova Iorque, três semanas após o lançamento do seu último álbum, “Dupla Fantasia”.
A exposição coletiva de Tributo a John Lennon é inaugurada a 3 de dezembro, pelas 21 horas, na Galeria de Arte Sílvia Soares, em Oliveira do Douro – Vila Nova de Gaia, e decorre até 31 de dezembro, com obras dos seguintes artistas:
ACHILLE DE MOEWALD – FRANCE
ANTÓNIO MOUSINHO – PORTUGAL
APARÍCIO FARINHA – PORTUGAL
ARMANDO MARTÍNEZ – SPAIN
AUGUSTO ROCHA – PORTUGAL
CARLA SCHWAB – BRAZIL
DANIEL C. BOYER – USA
DANIEL DESOUSA – PORTUGAL
DEWI – CANADA
DMITRY BABENKO – RUSSIA
DOMENICO SEVERINO – ITALY
DORIAN RIBAS MARINHO – BRAZIL
EDUARDO J. ORTÚN – SPAIN
ELOIR JR. – BRAZIL
ENI ILIS – BRAZIL
GIOVANNI STRADA – ITALY
HELENA LEÃO – PORTUGAL
HENRIQUE DO VALE – PORTUGAL
HERVÉ – FRANCE
IRENE GOMES – PORTUGAL
JAIME CANHA – PORTUGAL
JAROMIR SVOZILIK – NORWAY
JOÃO BENTO SOARES – PORTUGAL
JOAQUIN GOMEZ – SPAIN
JOSÉ NOGUEIRA – BRAZIL
JULIEN RDX – ANDORRA
KARIN GREENWOOD – SOUTH AFRICA
KATERINA NIKOLTSOU – GREECE
MANFRED HEINZE – GERMANY
MANOEL BONABAL – SPAIN
MARGARIDA BASALOCO – PORTUGAL
MARIA DE LOURDES RABELLO VILLARES – BRAZIL
MICHALIS KOTSARIS – GREECE
MICHEL DELLA VEDOVA – FRANCE
MONICA REX – USA
PAUL TIILILÄ – FINLAND
PEDRO BERICAT – SPAIN
RAIMUNDO MATOS DE LEÃO – BRAZIL
REINHARD GIEBELHAUSEN – GERMANY
RENATA STRADA – ITALY
ROBERT P. MAU – GERMANY
ROBERTO SCALA – ITALY
ROSICLER PRAGER – BRAZIL
RYOSUKE COHEN – JAPAN
SABELA BAÑA – SPAIN
SÉRGIO REIS – PORTUGAL
SERSE LUIGETTI – ITALY
SILVANO PERTONE – ITALY
SÍLVIA SOARES – PORTUGAL
SIMON WARREN – ENGLAND
SJOERD PARIDAEN – BELGIUM
SUSANA PICASSO – ARGENTINA
SUSANA RIBUFFO – SPAIN
TONY KENNEDY – ENGLAND
VALENTINE MARK HERMAN – FRANCE
WALTER BACHMANN – GERMANY
WISNUAJI PUTU UTAMA – INDONESIA
XVII GALERIA ABERTA, EM BEJA

Jorge Vieira (Lisboa, 1922-Évora, 1998) foi meu professor de Desenho Básico no 1º ano da ESBAP, já lá vão “uns” anitos, e recordo com saudade o artista, cujo trabalho sempre admirei.
Organizada pela Câmara Municipal de Beja, a iniciativa visa “estimular e promover a atividade artística local e o desenvolvimento de novas formas expressivas, contribuindo para o enriquecimento cultural do concelho e da região”.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Agradavelmente surpreendidos

terça-feira, 15 de novembro de 2011
Coletiva O Corpo - imagens da exposição














terça-feira, 8 de novembro de 2011
Exposição permanente da Coleção Berardo

domingo, 6 de novembro de 2011
Pintura de Leonardo da Vinci na National Gallery

