terça-feira, 9 de junho de 2009

PIMENTA NUNES



Pimenta Nunes nasceu em Figueiró dos Vinhos em 1964 e faleceu em 1998, em consequência de um acidente de viação. Residia em Coimbra, na Alameda Calouste Gulbenkian.

Licenciado em Pintura pela ARCA/ETAC, leccionou no Instituto Almalaguês, em Coimbra, e em Montemor-o-Velho – onde também dirigia a Galeria Alcáçova, da qual era co-proprietário. Foi membro fundador da Associação Cultural “O Senáculo”.

Leccionou no Instituto de Almalaguês, Coimbra e na Escola Secundária de Montemor.o-Velho.

Começou a expor em 1988, tendo participado em exposições colectivas em Coimbra (1988, 1989, 1993), Viseu (1989), Penacova (1991, 1992), Carregal do Sal (1991), Seia (Exposição Nacional de Pintura/Prémio Tavares Correia - tendo participado nas extensões dessa exposição em Lisboa e Porto, em 1994), Maia (1994), Leiria (1995), Soure (1995).

Expôs individualmente em Lisboa (Galeria do Terreiro do Trigo, 1989), Coimbra (Galeria de S. Francisco, 1995), Figueiró dos Vinhos (1991 e 1995) e Figueira da Foz (Galeria Milenium, 1997).
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Na I Exposição Colectiva dos Artistas Senenses, em Maio de 1999, foi-lhe prestada uma singela mas sentida homenagem.
Pimenta Nunes elegeu como tema principal da sua obra plástica a “Natureza-morta”, que pretendia revitalizar. Nas suas obras mais apreciadas, as formas naturais eram cuidadosamente dispostas em ambientes artificiais, geométricos. No quadro “Cubinhos para os meus amores” (1993), as formas naturais aparecem convertidas em cubos sobre um plano (tampo de mesa, prateleira) vislumbrado por uma abertura na parede.

Outra particularidade da sua obra é o recurso a texturas, por vezes tácteis, combinadas com elementos geométricos, formas hiper-realistas e até a inclusão de pequenos personagens da BD na pintura. Um exemplo da utilização de texturas “tácteis” é o quadro “Natureza-morta sem título”, com três abóboras rigorosamente pintadas sobre um fundo muito texturado, imitando o volume e a cor do doce de abóbora.





Conheci Pimenta Nunes na Escola Superior de Educação de Coimbra, em 1996, durante a formação para orientadores de estágio no 5º Grupo. Lembrava-me do seu nome, por ter participado na Exposição Nacional de Pintura/Prémio Tavares Correia, que organizei em 1993, e ficámos amigos. Trocámos quadros. Entre outras coisas, devo-lhe ter-me apresentado Pinho Dinis e sua esposa, Dalila, que também me deram o favor da sua amizade. Em 1997, convidou-me a expor na sua galeria, em Montemor-o-Velho. A exposição foi um sucesso e logo agendámos outra para o ano seguinte. Na última vez que telefonei, para confirmar as datas da exposição, Pimenta Nunes já não atendeu o telemóvel.


Fontes: catálogos de exposições de Pimenta Nunes.






1 comentário:

Sofia disse...

Conheci-o. Era um grande amigo dos meus pais. Pintou um retrato meu a grafite quando eu tinha 1 ano de idade. Quando eu tinha apenas 4, 5 anos e fazia alguns rabiscos nas folhas, ele dizia aos meus pais que guardassem os meus desenhos, pois um dia eu seguiria para Artes. Além do meu retrato a grafite, que conservo pendurado no meu quarto, possuo também uma serigrafia dele, a qual temos pendurada no hall de entrada. Infelizmente lembro-me muito pouco dele. Lembro que muitas vezes quando os meus pais estão com amigos que também o conheciam, a minha mãe diz que ele estava para fazer também um retrato da minha irmã que nasceu em 1997, mas faleceu antes de o poder fazer. Mas numa coisa ele tinha razão, eu segui para Artes. Tentei a àrea das Ciencias, mas realmente só em Artes me sinto realizada e tenho sucesso. Às vezes desejo que ele aqui estivesse e me pudesse acompanhar no meu percurso.