segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A IMAGEM DE JULIO


De 18 de janeiro a 7 de abril 2013, a Fundação Calouste Gulbenkian mostra algumas obras fundamentais do percurso artístico de Júlio Maria dos Reis Pereira (1902-1983).

Pintor, ilustrador e poeta (com o pseudónimo de Saul Dias), o irmão de José Régio integrou a segunda geração de modernistas portugueses, participando no 1º Salão dos Independentes (1930).

Intitulada “a imagem que de ti compus”, a exposição apresenta desenhos e óleos datados de 1930 a 1960, pertencentes às coleções da FCG e da Fundação Cupertino de Miranda. A liberdade formal e utilização poética da cor, próprias do expressionismo, marcaram a obra de Júlio, muito ligada ao movimento da Presença. O seu interesse pelo património e cultura popular, ajudando ao renascimento do figurado em barro de Estremoz, também transparece nos seus desenhos e pinturas.

Apesar de ter realizado incursões no surrealismo e abstracionismo, novidades em Portugal na década de 1930, optou por seguir o seu instinto artístico e um percurso muito pessoal, “ um universo contaminado pela ingenuidade, numa tentativa nostálgica de reencontro do homem com a natureza" (1).

Depois de viver mais de 30 anos em Évora, regressou em 1972 à sua terra natal, Vila do Conde, onde faleceu em 1983.

Em 2010, a Fundação Cupertino de Miranda realizou em Famalicão uma importante exposição de homenagem a Júlio Maria dos Reis Pereira (“Por toda a parte – Júlio”, outubro 2010 a fevereiro 2011) mostrando mais de uma centena de obras de Júlio (pintura e desenho), Saul Dias (poesia) e Júlio Pereira (engenharia).

(1) - Filipa Oliveira in "Júlio dos Reis Pereira" - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão - roteiro da coleção, FCG.



1 comentário:

MARIA disse...

adoro este pintor, para mim o melhor de todos