De 18 de janeiro a 7 de abril 2013, a Fundação
Calouste Gulbenkian mostra algumas obras fundamentais do percurso artístico de
Júlio Maria dos Reis Pereira (1902-1983).
Pintor, ilustrador e poeta (com o pseudónimo de
Saul Dias), o irmão de José Régio integrou a segunda geração de modernistas
portugueses, participando no 1º Salão dos Independentes (1930).
Intitulada “a imagem que de ti compus”, a exposição
apresenta desenhos e óleos datados de 1930 a 1960, pertencentes às coleções da
FCG e da Fundação Cupertino de Miranda. A liberdade formal e utilização poética
da cor, próprias do expressionismo, marcaram a obra de Júlio, muito ligada ao
movimento da Presença. O seu interesse pelo património e cultura popular,
ajudando ao renascimento do figurado em barro de Estremoz, também transparece nos
seus desenhos e pinturas.
Apesar de ter realizado incursões no surrealismo e
abstracionismo, novidades em Portugal na década de 1930, optou por seguir o seu
instinto artístico e um percurso muito pessoal, “ um universo contaminado pela ingenuidade, numa tentativa nostálgica de reencontro do homem com a natureza" (1).
Depois de viver mais de 30 anos em Évora, regressou
em 1972 à sua terra natal, Vila do Conde, onde faleceu em 1983.
Em 2010, a Fundação Cupertino de Miranda realizou
em Famalicão uma importante exposição de homenagem a Júlio Maria dos Reis
Pereira (“Por toda a parte – Júlio”, outubro 2010 a fevereiro 2011) mostrando
mais de uma centena de obras de Júlio (pintura e desenho), Saul Dias (poesia) e
Júlio Pereira (engenharia).
(1) - Filipa Oliveira in "Júlio dos Reis Pereira" - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão - roteiro da coleção, FCG.
(1) - Filipa Oliveira in "Júlio dos Reis Pereira" - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão - roteiro da coleção, FCG.
1 comentário:
adoro este pintor, para mim o melhor de todos
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