sábado, 1 de dezembro de 2012

"Noites Brancas" em Serralves


Abriu ao público em Serralves a mais completa retrospetiva da obra de Julião Sarmento realizada até hoje, “Noites Brancas”, integrando mais de 160 obras produzidas desde o final dos anos 60. A última exposição comissariada por João Fernandes, que vai abandonar a direção do museu em dezembro para assumir a direção do Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, é uma das maiores exposições já vistas em Serralves, ocupando praticamente todos os espaços do Museu.

A abertura da exposição reuniu muito público, sobretudo na Casa de Serralves, que foi aí confrontado com situações insólitas, integradas no prometido programa de performances, com especial destaque para a senhora que suscitou as mais diversas reações passeando demoradamente entre os convidados totalmente nua, apenas coberta com uma capa de plástico transparente, ou dois gémeos que se observavam narcisicamente, cada qual tomando o outro pelo seu reflexo.

O trabalho de Julião Sarmento (n. Lisboa, 1948) convoca as mais variadas linguagens artísticas para uma abordagem crua do ser humano enquanto corpo e indivíduo, da pose moral ao despojamento psicológico, da perplexidade à solidão. As suas instalações integram pintura, escultura, som, vídeo e multimédia, muitas das quais concebidas para locais específicos (site-specific art).

O termo “noites brancas” é utilizado nos países nórdicos para designar as horas correspondentes ao período noturno durante o verão, quando o sol é visível 24 horas por dia. Em São Petersburgo, as “Noites Brancas” reúnem um conjunto de eventos artísticos oferecidos à população para ocupar as longas “noites” de verão.

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