A fotografia e arte digital de Renato Paz possuem, a meu ver, inegáveis méritos. A fotografia exigente, a composição cuidada, a feliz manipulação da cor, o sentido crítico e humorístico, combinam-se para originar imagens surpreendentes, intensas, sugestivas. Os seus trabalhos são principalmente exercícios de desconstrução e reconstrução da paisagem, em cujos espaços, volumes e superfícies intervém virtualmente para suscitar leituras inusitadas. Poderá dizer-se que a arte digital facilita a interação da fotografia, desenho, pintura e colagem, mas, por isso mesmo, exige muito mais que habilidade técnica e destreza com as ferramentas tecnológicas.
Renato Paz tem coligido alguns dos seus trabalhos em álbuns digitais, 8 até à data, o último dos quais reúne as obras expostas em outubro e novembro de 2009 na Casa Muncipal da Cultura de Seia (foyer do cineteatro) com o título genérico “Cidade – Drosophila ContraSena”.
Este álbum acrescenta às imagens as palavras de João Saraiva e até algumas frases minhas, em jeito de prefácio. Sobre a ligação imagem/texto, repare-se por exemplo como é abordado o tema da justiça/edifício do tribunal de Seia:
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