No Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, em Lisboa, decorre até 09 de outubro uma importante exposição retrospetiva de João Penalva, um dos artistas portugueses mais internacionais, radicado em Londres há cerca de 40 anos.
João Penalva (n. 1949, Lisboa) é bailarino, pintor, ator, escritor, tradutor, gráfico, curador, cineasta, fotógrafo, e a singularidade da sua obra resulta do modo como coloca em diálogo várias destas experiências de linguagem.
“Trabalhos com texto e imagem” reúne obras significativas dos últimos 20 anos do percurso artístico de João Penalva, desde as pinturas dos anos 90 aos trabalhos mais recentes, passando pelas instalações, fotografias e filmes, proporcionando uma visão ampla do seu universo criativo. A sua obra privilegia o cruzamento entre imagem e texto (no sentido mais lato), frequentemente o lugar ou já o referente de renovadas encenações narrativas, fragmentos de texto e tecidos imagéticos próximos da poesia visual, jogos de espelhos e de significados, reflexos, transparências e opacidades comunicativas.
João Penalva estudou na Chelsea School of Art, Londres, de 1976 a 1981, optando depois por viver e trabalhar na capital inglesa. Realizou a sua primeira exposição individual em 1983, no Porto, após ter participado na “New Contemporaries” (IAC, Londres, 1980), tendo depois participado na coletiva “Artistas Portugueses residentes no estrangeiro” (Galeria Almada Negreiros, Lisboa, 1984). Realizou importantes exposições individuais no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 1990), no Centro Cultural de Belém (Lisboa, 1999), no Camden Arts Centre (Londres, 2000), e no Museu de Arte Contemporânea de Serralves (2005), entre outras. No que respeita a exposições coletivas, destacam-se as participações na XXIII Bienal de São Paulo, Brasil, em 1996, na II Bienal de Berlim e na Bienal de Veneza em 2001, e na Bienal de Sidney, em 2002.
Parte das obras em exposição no CAM serão mostradas na Kunsthallen Brandts, Dinamarca, em 2012.
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