A Casa do Mundo - Exposição de Pintura de Sérgio Reis, Museu Municipal de Resende, 06 de Março a 18 de Abril de 2010.
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A vereadora da Cultura, Dulce Pereira, apresentou o artista e a exposição
. Sérgio Reis apresentou os seus trabalhos. Ao fundo, Carla Vicente, responsável pelo Museu Municipal de Resende
O interesse dos visitantes marcou a inauguração da exposição
Dezenas de pessoas visitaram a exposição durante a tarde
José Vicente (Multivica) concebeu um catálogo original, quase um "objecto"
Dezenas de pessoas visitaram a exposição durante a tarde
José Vicente (Multivica) concebeu um catálogo original, quase um "objecto"
A Casa do Mundo
O ponto de partida sempre foi o desafio de captar ambientes e sensações através de formas e cores. Não se trata de uma mera representação mas sim de repetidos exercícios de fixação de espaços voláteis, com contrastes de luz, cheios e vazios, repletos de presenças e de ausências, sombras, personagens abstractos que “vão e voltam, atravessam os quadros, saem de um para regressar noutro, passeiam através deles” (Teolinda Gersão). Pairam, diluem-se na cena, desaparecem em seguida nos seus armários e armaduras de fantasmas emancipadores do homem, anjos e demónios libertadores.
“Aquilo que às vezes parece
um sinal no rosto
é a casa do mundo
é um armário poderoso
com tecidos sanguíneos guardados
e a sua tribo de portas sensíveis.
…………………………………
“Acendo os interruptores, acendo a interrupção,
as novas paisagens têm cabeça, a luz
é uma pintura clara (…).”
“A Casa do Mundo”, de Luiza Neto Jorge (“O Seu a Seu Tempo”, 1966)
A série Per.cursos é um regresso às composições abstractas, em painéis estreitos e extensos que lembram tiras de Banda Desenhada ou sequências fílmicas, nos quais o “lirismo das formas e dos motivos simbólicos se expande em traços delicados e cores esfuziantes” (Pires Laranjeira).
“O fascínio e a sedução das cores – as variações tonais dos azuis, predominantes num primeiro olhar, acalmam e não agridem; os verdes ambivalentes; a luz e o calor que brotam dos amarelos, alaranjados e vermelhos, recordam as paixões, os pecados e os perigos – e o movimento das linhas que desenham as formas picturais representadas, embarcam-nos numa “espiral do sentir (…) como diz Pedro Baptista. Fruir as obras deste artista é descobrir significados em que se acredita.”
um sinal no rosto
é a casa do mundo
é um armário poderoso
com tecidos sanguíneos guardados
e a sua tribo de portas sensíveis.
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“Acendo os interruptores, acendo a interrupção,
as novas paisagens têm cabeça, a luz
é uma pintura clara (…).”
“A Casa do Mundo”, de Luiza Neto Jorge (“O Seu a Seu Tempo”, 1966)
A série Per.cursos é um regresso às composições abstractas, em painéis estreitos e extensos que lembram tiras de Banda Desenhada ou sequências fílmicas, nos quais o “lirismo das formas e dos motivos simbólicos se expande em traços delicados e cores esfuziantes” (Pires Laranjeira).
“O fascínio e a sedução das cores – as variações tonais dos azuis, predominantes num primeiro olhar, acalmam e não agridem; os verdes ambivalentes; a luz e o calor que brotam dos amarelos, alaranjados e vermelhos, recordam as paixões, os pecados e os perigos – e o movimento das linhas que desenham as formas picturais representadas, embarcam-nos numa “espiral do sentir (…) como diz Pedro Baptista. Fruir as obras deste artista é descobrir significados em que se acredita.”
Paula Valdrez
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