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sábado, 31 de maio de 2014

50 anos da Árvore – evocação dos fundadores

 
Armando Alves, s/título, 2012, acrílico s/tela

Comemorando meio século de existência, a Cooperativa Árvore prossegue a evocação dos artistas fundadores da importante cooperativa portuense de atividades artísticas. Após homenagear o sócio nº 1, Ângelo de Sousa, apresenta obras de Armando Alves até 17 de junho 2014. Estes dois artistas integraram o grupo “Os Quatro Vintes”, com outro artista fundador da Árvore, José Rodrigues (Luanda, 1936) e Jorge Pinheiro (Coimbra, 1931). Os quatro vintes terminaram o curso da Escola de Belas Artes do Porto com a classificação de 20 valores no início da década de 1960.

O ano começou com a exposição de homenagem a Ângelo de Sousa (Lourenço Marques, atual Maputo, 1938-Porto, 2011) na Cooperativa Árvore, comissariada por Miguel Sousa, filho do artista, e Laura Soutinho. Intitulada “64-FE-66”, a mostra reuniu 36 obras que o artista expôs na Cooperativa nos anos de 1964, 1965 e 1966. A EDP associou-se a esta homenagem, apoiando a exposição na Árvore e promovendo na sua galeria na sede portuense (ao lado da Casa da Música) uma mostra de obras experimentais de fotografia e vídeo de Ângelo de Sousa, com curadoria de Sérgio Mah e que decorre até 6 de julho.

Armando Alves reinterpretou o tema da paisagem na pintura, com base no seu experimentado trabalho gráfico, de inovadora referência. A árvore como tema principal aparece na obra de Armando Alves desde a conceção da escultura “Árvore Tecnológica” (2008, CETSJ – São João da Madeira). Um conjunto importante de obras foi exposto na Galeria São Mamede no Porto (novembro 2012) e em Lisboa (janeiro 2013), servindo agora de base à exposição na Cooperativa Árvore. A edição comemorativa de uma serigrafia de Armando Alves completa a exposição, que termina a 17 de junho.


O Grupo "Os Quatro Vintes" formou-se em 1968, realizando exposições coletivas até 1972. Em 2011, o falecimento de Ângelo de Sousa justificou a merecida evocação desse coletivo através da exposição “Depois dos Quatro Vintes: Percursos Individuais”, no Palácio das Artes – Fábrica de Talentos, no Porto. A curadoria da exposição, que reuniu obras inéditas da coleção Millennium BCP e outras coleções particulares foi entregue a Lúcia Almeida Matos e Rui Paiva.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

4ª COLECTIVA DE PINTURA DE NELAS


Entre 19 e 24 de Junho, decorre a 4ª Colectiva de Pintura dos artistas do concelho de Nelas, iniciativa integrada nas Festas do Município.

A exposição reúne 47 obras de 27 artistas, que abordam temas consensuais da pintura, ao gosto popular, como a paisagem/património local, o retrato, pintura de flores e composições abstractas mais ou menos geométricas.

No conjunto de obras expostas, destacam-se: “Ladies”, de Elsa Neves; “Salvem o Planeta” e “A Fuga”, de Jorge Figueiredo; “Ponte da Felgueira”, de Jorge Pinheiro; “Ao Cair da Noite” e “3º Milénio”, de Paulo Cruz – pelo tratamento plástico do tema, originalidade e/ou diversidade técnica.

Destes quatro artistas, os trabalhos de Jorge Figueiredo, Jorge Pinheiro e Paulo Cruz parecem-me os mais coerentes, revelando um estilo individual e uma concepção muito própria da dimensão artística e sua interacção com o mundo em que vivemos.


Jorge Figueiredo, "A Fuga", técnica mista, 55X65 cm

Jorge Figueiredo utiliza a pintura tradicional como fundo, pedaços de plástico e restos de brinquedos para abordar um tema incontornável do nosso tempo: a poluição. Parece-me que obteria melhores resultados utilizando fundos não figurativos, com cores e/ou texturas pensados em função do impacto criado pela assemblage de objectos no primeiro plano.

Jorge Pinheiro prossegue a abordagem de temas regionais, paisagens e costumes, que retrata com grande minúcia. Outro pormenor distintivo de Jorge Pinheiro são as fartas manchas de verde com que emoldura o assunto central.
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Paulo Cruz, "Terceiro Milénio", óleo s/tela, 65X35 cm
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Paulo Cruz reinterpreta as cores das formas ao cair da noite, apostando em abordagens incomuns do pôr-do-sol para fundo e realçando os volumes com as mais diversas tonalidades de cor, sem receio de recorrer a manchas negras para enquadrar o elemento principal.

As Colectivas de Pintura dos artistas de Nelas realizam-se desde 2006, primeiro ano do mandato da Dr.ª Isaura Pedro na presidência da Câmara Municipal de Nelas, sucedendo aos Salões de Pintura, igualmente realizados em Junho na Praça do Município, mas com participação alargada a artistas convidados, nacionais e estrangeiros. Em 2005, realizou-se o 11º Salão Internacional de Pintura de Nelas.

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Capa do catálogo do 8º Salão de Pintura, 2002
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Nos pavilhões instalados na Praça do Município para as Festas do Município de 2009, que terminam a 24 de Junho (dia do Município), podem encontrar-se mais obras artísticas em exposição, inclusive três desenhos de Jorge Braga da Costa sobre monumentos do concelho.

De referir ainda que, no centro da Praça do Município, dominada pelo belo edifício da Câmara Municipal, pode ver-se uma escultura de Aureliano Lima, “O Grito”, com 4,30m de altura. Aureliano Lima nasceu em Carregal do Sal em 1916 e faleceu em 1984 em Vila Nova de Gaia.

Artistas participantes na 4ª Colectiva: Alexandra Henriques; Ana Moniz; Angélica Camacho; António Dias; Arlete Garcia; Bella da Sousa; Benjamim Pedro; Bi; Cardoso; Delfim Costa; Deo; Duarte; Elsa Neves; Fátima Sampaio; J. Gaspar; Jorge Figueiredo; Jorge Pinheiro; Jorge Santos; Lia Alvadia; Lucinda Teixeira; Nélida Cruz; Norma Monteiro; Orlando da Silva; Paulo Cruz; Pintto; Sofia Pereira; Vera Chaves.