segunda-feira, 9 de março de 2009

Bicentenário de Edgar Allan Poe

A 19 de Janeiro, passaram 200 anos sobre o nascimento do poeta Edgar Allan Poe, mais conhecido pelas suas histórias de horror, crime e ficção científica. Juntamente com Mary Shelley (Frankenstein, 1818), é considerado o criador do género literário Ficção Científica – o primeiro a introduzir situações bizarras e estados psicologicamente doentios na literatura. As suas obras mais conhecidas são "A queda da casa de Usher", "Os crimes da Rue Morgue", "O gato preto".

No entanto, a sua obra foi inicialmente mal recebida, sobretudo os contos. Em 1845, granjeou alguma fama com o poema "Raven", mas teve apenas reconhecimento póstumo graças aos poetas e críticos franceses Baudelaire e Paul Valéry, aos surrealistas (que o reclamaram como precursor), a Fernando Pessoa e Machado de Assis (que o traduziram para língua portuguesa) e a Jorge Luis Borges, admirador incondicional da sua obra. Edgar Allan Poe é hoje um autor incontornável da literatura norte-americana do século XIX e uma das maiores referências românticas e simbolistas da Literatura universal.
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A 16 de Janeiro de 2009, entrou em circulação nos EUA (Richmond, Virgínia), um selo comemorativo dos 200 anos do nascimento de Edgar Allan Poe, de autoria de Michael J. Deas.

As suas histórias estranhas e fantásticas serviram de inspiração a muitos realizadores de cinema, com destaque para Tim Burton (“Eduardo Mãos-de-Tesoura”, “Corpse Bride”) e foram sucessivamente adaptadas para a grande tela, desde 1909, em França, Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos. A estreia do filme mais recente, uma “biopic” (cinebiografia) intitulada “Poe”, de Sylvester Stallone, foi anunciada para 2009 (e posteriormente adiada para 2011).

Nascido em Boston a 19 de Janeiro de 1809, morreu cedo, aos 40 anos, e teve uma vida à altura das suas histórias de horror e crime. Ficou órfão ainda em criança e foi criado por um agricultor de tabaco na Virgínia, do qual adoptaria o apelido Allan.
Realizou alguns estudos universitários, que abandonou por falta de meios, esteve no exército e acabou por se instalar em Nova Iorque como editor (em sociedade com C.F. Briggs) e crítico literário. A vida começava a correr-lhe bem e casou com uma prima, Virginia, de 13 anos.

Em meados dos anos 40, porém, a falência do seu jornal e, logo depois, a morte da sua esposa, em 1947, levaram-no a uma espiral de auto-destruição com álcool e opiáceos, que culminaria com a morte, em Outubro de 1849, em circunstâncias pouco claras, como explica James Southall Wilson, no Poe Museum: foi encontrado "em Baltimore numa sórdida taberna, pelo Dr. James E. Snodgrass, seu velho amigo, no dia 3 de Outubro, com roupas que não eram suas e numa condição deplorável. Encontrava-se em estado de delirium tremens e foi levado ainda inconsciente ao hospital Washington College Hospital, onde foi atendido pelo médico residente Dr. J.J. Moran, e onde morreu quatro dias depois, no domingo, 7 de Outubro de 1849. Foi enterrado no pátio da igreja Westminster Presbyterian Church, em Baltimore, Maryland.”

Fontes: wikipédia; Poe Museum; Portal Edgar Allan Poe

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