Formou-se em Arquitetura mas
sempre quis ser Pintor. O Pintor, talvez para se vingar, ajudou pouco o
arquiteto mas o inverso serviu-lhe para explorar as ligações entre a pintura e
a geometria – tal como Almada já tinha feito em Portugal na década de 1960 e é
bem típico dos arquitetos portugueses que se dedicaram – e dedicam – à
pintura.
Trabalhou com Óscar Niemeyer e Le
Corbusier. Gabava-se de ter furtado uma peúga de Picasso do estendal da sua casa
em Paris. Era uma pessoa interessantíssima e um artista extraordinário.
Para além da sua herança
artística, sem fronteiras, deixa uma importante marca cultural no interior do
país, cada vez mais ostracizado e esquecido – apesar de uma boa parte dos políticos
influentes serem naturais deste mesmo interior. Sentiremos (todos?) a falta de
Nadir Afonso.
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