Um livro fundamental para conhecer o escritor, jornalista e
político português responsável pela política cultural do Estado Novo. À frente
do Secretariado de Propaganda Nacional (Secretariado Nacional de Informação
após a II Guerra), António Ferro (1895-1956) concebeu toda uma estratégia
cultural que marcou o século XX português, conciliando tradição com a
modernidade, o popular com o erudito, as frágeis e efémeras manifestações
populares com as imponentes manifestações da autoridade do Estado. Editor da
revista “Orpheu”, que introduziu o Modernismo em Portugal, apoiou e divulgou
alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo e a arte moderna, tendo sido
afastado do poder pela elite conservadora do regime até um quase exílio em
Berna.
O livro de Orlando Raimundo (Dom Quixote, 2015) permite
compreender a importância de Ferro na história da cultura do século XX
português, através de relatos muito vivos, que se compreendem melhor em
contraponto com o documentário de Paulo Seabra «ESTÉTICA PROPAGANDA UTOPIA no Portugal de António Ferro»(1).
(1) - 1ª parte | 2ª parte do documentário.
(1) - 1ª parte | 2ª parte do documentário.
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