Armando Alves, s/título, 2012, acrílico s/tela
Comemorando meio século de existência, a Cooperativa Árvore prossegue
a evocação dos artistas fundadores da importante cooperativa portuense de
atividades artísticas. Após homenagear o sócio nº 1, Ângelo de Sousa, apresenta
obras de Armando Alves até 17 de junho 2014. Estes dois artistas integraram o
grupo “Os Quatro Vintes”, com outro artista fundador da Árvore, José Rodrigues
(Luanda, 1936) e Jorge Pinheiro (Coimbra, 1931). Os quatro vintes terminaram o
curso da Escola de Belas Artes do Porto com a classificação de 20 valores no
início da década de 1960.
O ano começou com a exposição de homenagem a Ângelo de
Sousa (Lourenço Marques, atual Maputo, 1938-Porto, 2011) na Cooperativa Árvore,
comissariada por Miguel Sousa, filho do artista, e Laura Soutinho. Intitulada
“64-FE-66”, a mostra reuniu 36 obras que o artista expôs na Cooperativa nos
anos de 1964, 1965 e 1966. A EDP associou-se a esta homenagem, apoiando a
exposição na Árvore e promovendo na sua galeria na sede portuense (ao lado da
Casa da Música) uma mostra de obras experimentais de fotografia e vídeo de
Ângelo de Sousa, com curadoria de Sérgio Mah e que decorre até 6 de julho.
Armando Alves reinterpretou o tema da paisagem na
pintura, com base no seu experimentado trabalho gráfico, de inovadora
referência. A árvore como tema principal aparece na obra de Armando
Alves desde a conceção da escultura “Árvore Tecnológica” (2008, CETSJ – São João
da Madeira). Um conjunto importante de obras foi exposto na Galeria São Mamede no
Porto (novembro 2012) e em Lisboa (janeiro 2013), servindo agora de base à
exposição na Cooperativa Árvore. A edição comemorativa de uma serigrafia de Armando Alves completa a exposição, que termina a 17 de junho.
O Grupo "Os Quatro Vintes" formou-se em 1968, realizando
exposições coletivas até 1972. Em 2011, o falecimento de Ângelo de Sousa
justificou a merecida evocação desse coletivo através da exposição “Depois dos
Quatro Vintes: Percursos Individuais”, no Palácio das Artes – Fábrica de
Talentos, no Porto. A curadoria da exposição, que reuniu obras inéditas da
coleção Millennium BCP e outras coleções particulares foi entregue a Lúcia
Almeida Matos e Rui Paiva.
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