Faleceu hoje Rui Mário Gonçalves, historiador e crítico de
arte, figura de relevo no panorama artístico nacional.
Natural de Penafiel (1934) e irmão de Eurico Gonçalves, dedicou-se ao estudo da arte portuguesa do
século XX, tendo publicado diversas obras de referência e monografias sobre
artistas nacionais (1), para além de desenvolver uma intensa atividade crítica
na imprensa e como comissário de exposições. Em 1963 foi-lhe atribuído o Prémio
Gulbenkian de Crítica de Arte e, mais tarde, presidiu à secção Portuguesa da AICA
- Associação Internacional de Críticos de Arte e ocupou cargos diretivos na
Sociedade Portuguesa de Belas Artes.
Lecionou na Sociedade Nacional de Belas Artes, nas
Escolas de Teatro e de Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa e
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Segundo informações colhidas na imprensa online, Rui Mário
Gonçalves sentiu-se indisposto na noite de ontem e foi levado ao hospital, onde
lhe foi detetado um aneurisma em estado muito avançado, acabando por falecer de
ataque cardíaco na madrugada de hoje, dia 2 de maio.
VER - Palestra de Rui Mário Gonçalves sobre Joan Miró, realizada
no Museu Coleção Berardo em fevereiro 2014, integrada no ciclo «As escolhas dos
críticos»
(1)-Algumas obras fundamentais de RMG: Pintura e Escultura
em Portugal, l940-1980 (1980); António Dacosta (1983); O Fantástico na
Arte Portuguesa Contemporânea (1986); Pioneiros da Modernidade (1986); De 1945
à Atualidade (1986); Cem Pintores Portugueses do Século XX (1986); Arte
Portuguesa nos Anos 50 (1996); O Que Há de Português na Arte Moderna Portuguesa
(1998); A Arte Portuguesa do Século XX (1998); Vontade de Mudança (2004); Almada
Negreiros (2005), Amadeo de Souza-Cardoso (2006), Cruzeiro
Seixas (2007).
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