António Ramos Rosa partiu hoje (23 de setembro). Serão sempre nebulosas e oblíquas as tentativas poéticas de libertação do real mas Ramos Rosa deixa-nos preciosas reflexões claras sobre a importância da poesia, “liberdade livre”, e poemas inesquecíveis como “Estou vivo e escrevo Sol” (1960) ou “Não posso adiar o coração” (1975).
“eis que
o silêncio
assume
a forma do silêncio
eis que a palavra encontra
o seu lugar no muro
oiço o diálogo da terra
com a terra
vejo um frágil arbusto
com o seu nome aceso
no silêncio da terra”
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