A 16ª edição da Bienal de artes mais antiga de Portugal oferece até 17 de setembro um conjunto diversificado de iniciativas centradas nas exposições em Vila Nova de Cerveira, a “Vila das Artes”. Cerca de 150 obras do concurso internacional e artistas convidados distribuem-se pelo Fórum Cultural, Castelo de Cerveira e Casa Vermelha. Se necessitar de um bom motivo para seguir até Vigo, a Bienal alargou-se esta ano à maior cidade da Galiza.
O Festival Internacional dos Jardins de Ponte de Lima é um evento paisagista que se realiza anualmente desde 2005 na vila mais antiga de Portugal, com objetivos vanguardistas e ambientais. Decorre de maio a outubro, na margem direita do Lima, este ano sob o tema “A Floresta no Jardim”. Concorreram 58 projetos de 12 países para os 11 espaços disponíveis. É também um dos poucos festivais pensados com um ano de antecedência e, para 2012, o tema é surpreendente e inspirador: “Jardins p’ra Comer”.
Coimbra continua a fazer boa figura com o seu Festival das Artes, este ano dedicado às “Paixões”. O festival termina a 31 de julho mas a exposição coletiva “A Pulsão do Amor”, que reune 20 artistas portugueses e estrangeiros, decorre até 17 de setembro, no Edifício do Chiado. Uma boa oportunidade para ver parte da coleção do Millenium BCP.
Lisboa mostra a exposição “Ecos do Fado na Arte Portuguesa”, uma viagem pela arte portuguesa dos séculos XIX a XXI. Dotado de características únicas e marcantes, candidato a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco, o Fado inspirou diversos artistas nacionais de renome e essas obras podem ser apreciadas até 17 de setembro na Sala do Risco, no Terreiro do paço. Ainda em Lisboa, no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, decorre até 09 de outubro uma importante exposição retrospetiva de João Penalva, um dos artistas portugueses mais internacionais, radicado em Londres há cerca de 40 anos.
O Festival de Performance e Artes da Terra, Escrita na Paisagem, decorre até setembro em Évora e outras localidades alentejanas, com várias exposições, teatro, dança, música, performance, workshops. Duas instalações inspiradas em Christo e Sam Spencer transformam o centro de Évora, palco central do festival e ponto de encontro de cumplicidades culturais com Avis, Estremoz, Montemor-o-Novo e Moura.
A programação das artes no âmbito do ALLGARVE’11 continua insuficiente e sem uma linha orientadora – para além de exibir as principais coleções institucionais portuguesas. Nesta 5ª edição, mostram-se obras da coleção da Fundação EDP em três exposições, duas das quais com particular interesse. “Da discussão nasce a luz”, reune em Loulé grandes nomes da escultura portuguesa contemporânea, muito bem representada na colecção da EDP. De notar, a feliz conjugação das esculturas com a vocação religiosa do espaço do Convento de Santo António dos Capuchos de Loulé. No Centro Cultural de Lagos, não deve perder-se a exposição de desenhos e esculturas do artista algarvio Manuel Batista (n. Faro, 1936). Foi também acertada a colocação da obra de Joana Vasconcelos (“Tutti Frutti”) no Aeroporto de Faro, uma importante porta de entrada no Algarve. Em Faro, mostra-se fotografia de Francisco Tropa e Eduardo Gageiro.
No Porto Santo, Madeira, decorre até final de agosto a IV Bienal Internacional de Arte Contemporânea, com obras de artistas de 35 países expostas nos mais diversos edifícios públicos e jardins. No início desse mês, a Feira dos Petiscos vai ajudar à festa.
Nos Açores, as Festas da Praia da Vitória, na Ilha Terceira (29 de julho a 7 de agosto), serão marcadas este ano por uma forte aposta nas artes plásticas devido à recente formação da Academia da Juventude e das Artes. Na Ilha do Faial, a exposição do Concurso Multiartes Porto PIMtado será inaugurada a 27 de agosto e decorrerá até 25 de setembro, na Fábrica da Baleia.
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