A
Fundação Bienal de Cerveira vai apresentar na sua sala de exposições na Avenida das Comunidades Portuguesas, um conjunto
de obras de artistas que marcaram as penúltimas décadas das Artes Plásticas nacionais
e alguns estrangeiros (Jiri Kólar/Grupo 42, Mineo Aayamaguchi e Riuko Ishida)
sob o tema “A Máquina do Tempo”.
Não se
entende bem a oportunidade nem o contexto desta mostra e a citação de Augusto Canedo, comissário da exposição, não ajuda ao necessário esclarecimento: “…Perceber como o fator TEMPO pode
esclarecer ou confirmar a relevância que é atribuída no contexto artístico, a
obras e autores.”
Mesmo que engendrada para cumprir programa, a
exposição reúne um largo número de artistas muito interessantes, idosos ou já
falecidos, e a ideia do “fator TEMPO” pode remeter, afinal, para a velha questão da atualidade artística versus intemporalidade dos artistas e das suas obras. Uma questão aliás pertinente, dada a voracidade
das modas e perenidade do sucesso num mundo (em geral) cada vez mais veloz, frenético,
histérico, sobretudo por se encontrar refém das economias (pois há várias) e ser hoje moda reduzir o valor de tudo a cifrões.
Os artistas portugueses representados
na exposição, ainda vivos e ativos, reconhecidos/premiados em Cerveira, são: Ana
Vidigal (n. 1960, Lisboa), Clara Menéres (n. 1943, Braga), Costa Pinheiro (n. 1932,
Moura), David de Almeida (n. 1945, São Pedro do Sul), Eduardo Nery (n. 1938,
Figueira da Foz), Eurico Gonçalves (n. 1932, Abragão - Penafiel), Gracinda
Candeias (n. 1947, Luanda - Angola), Helena Almeida (n. 1934, Lisboa), Henrique
Silva (n. 1933, Castelões de Cepeda - Paredes), Jaime Azinheira (n. 1944,
Peniche), José Rodrigues (n. 1936, Luanda – Angola), Júlia Ventura (n. 1952,
Lisboa), Justino Alves (n. 1940, Porto), Manuel Batista (n. 1936, Faro), Maria José
Aguiar (n. 1948, Barcelos), Pedro Manuel Casqueiro (n. 1959,
Lisboa), Rocha Pinto (n. 1951, Lisboa), Romualdo (1948, Matosinhos), Rui
Pimentel (n. 1949, Porto), Sebastião Resende (n. 1954, S.
João da Madeira), Sobral Centeno (n. 1948, Porto), Zulmiro de Carvalho (n.1940,
Valbom – Gondomar).
A exposição inaugura a 30 de
junho e decorre até 22 de dezembro, nos horários habituais.
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